KTM toma medidas drásticas para manter-se na MotoGP

A KTM revelou um plano estratégico composto por 100 medidas com o objetivo de garantir a sua presença na MotoGP em 2025. A fabricante austríaca enfrenta atualmente uma situação financeira delicada, com uma dívida estimada em 3 mil milhões de euros, e procura estabilizar as suas operações através de uma reestruturação profunda.

Entre as iniciativas para enfrentar esta crise, a KTM tem negociado investimentos externos que já totalizam 700 milhões de euros em potenciais parcerias. Entre os interessados pode inclusivamente estar o piloto de Fórmula 1 Lewis Hamilton, que frequentes rumores sugerem a sua vontade de se envolver com a marca.

Pit Beirer, diretor do desporto motorizado da KTM, explicou que o plano inclui decisões difíceis e cortes profundos. “Reduzimos o número de pilotos nos nossos programas, o que afetou diretamente várias equipas e resultou na eliminação de recursos materiais e logísticos. Cada equipa encerrada implica menos camiões, veículos e materiais necessários” afirmou Beirer, sublinhando o impacto destas mudanças.

Como parte das medidas de contenção, a KTM retirou as marcas GASGAS e Husqvarna da MotoGP, encerrando também contratos com pilotos envolvidos em respetivas funções de teste e desenvolvimento. Além disso, a fabricante deixou de patrocinar o Hard Enduro World Championship, redirecionando os recursos para o seu foco principal: a MotoGP.

Apesar de confirmar a sua participação na temporada de 2025 com os protótipos RC16, o futuro da KTM na MotoGP continua a ser alvo de incertezas. Relatórios indicam que, caso o plano de reestruturação não produza os resultados esperados, a marca poderá abandonar o campeonato em 2026, coincidindo com o final do contrato com a Dorna Sports, organizadora da competição.

Com este esforço, a KTM procura equilibrar a continuidade no motociclismo de topo com a necessidade de garantir a sustentabilidade financeira, reforçando o seu lugar como uma das marcas mais relevantes no desporto motorizado global.