27.º Portugal de Lés-a-Lés - Apresentação na Figueira da Foz revelou enormes surpresas para 2025

Centenas de motociclistas, indiferentes às ameaças de mau tempo, não quiseram perder a oportunidade de conhecer em primeira mão o percurso que vai ligar Penafiel a Faro. Foi no Malibu Hotel que ficaram a saber que vai haver paragens em Alcobaça e Portalegre, e garantiram desde logo um lugar na dianteira do enorme pelotão que volta a atravessar Portugal de 7 a 10 de junho.

O Lés-a-Lés de 2025 terá um traçado que, surpreendentemente e após 26 edições, ainda apresenta muitas novidades. Estradas nunca antes percorridas, outras feitas em sentido contrário e outras ainda por onde a caravana não passa há muitos anos.
O mapa deste 27.º Portugal de Lés-a-Lés mostra bem a variedade paisagística que os motociclistas vão encontrar ao longo do percurso de 1160 quilómetros.
O formato mantém-se com o Passeio de Abertura, no ora verdejante ora industrial concelho de Penafiel, e três etapas.

Da primeira tirada, num dia que deverá contar com mais de 11 horas entre o palanque de partida e a imponente chegada a Alcobaça, no largo fronteiro à Real Abadia de Santa Maria, o famoso mosteiro começado a construir em 1178 pelos monges da Ordem de Cister. Mas, atenção, que a festa só começa após os 405 km daquela que será a etapa-rainha, com médias horárias baixas devido o rendilhado do percurso.

Entre o interior e o litoral, pelas serras de Montemuro, Freita, Arada e Caramulo com passagem por Abragão, Cinfães, S. Pedro do Sul, Penacova e Soure (outra estreia) onde estarão os oásis do primeiro dia, a caravana irá prosseguir com paragens diversificadas tal como as paisagens, desde a travessia pela barragem de Carrapatelo, a mais antiga do Douro nacional, Mortágua, Penacova, Pedrogão Grande, S. Pedro de Muel, pelas mais panorâmicas estradas da zona costeira.

Partindo de Alcobaça, a segunda etapa levará a caravana até Portalegre, entrando de forma tranquila no Alentejo, com tempo para paragens em meia dúzia de oásis e dois museus, visita às salinas de Rio Maior, com tempo para ainda contemplar o Castelo de Almourol da margem norte, ou ir a Constância ‘dar um abraço’ a Camões. Sempre de forma serena, condizente com a extensão mais reduzida (270 km), passagem por Vila Nova da Barquinha e uma curiosa visita em Castelo de Vide, na passagem pela Casa da Inquisição espaço museológico com acervo extremamente real e desaconselhado às almas mais sensíveis.
Na terceira etapa, a ligação entre Portalegre e Faro terá 410 km de estradas mais rolantes, com as típicas retas alentejanas alternadas com serranias, através de Arronches, Terena e Mourão, Mértola (Mina de São Domingos) rumo à capital algarvia, cuja alegria de rever o evento ficou expressa pelo presidente da autarquia farense, Rogério Bacalhau, também ele grande entusiasta e presença assídua no Portugal de Lés-a-Lés. A ele se juntaram na Figueira da Foz os presidentes da Câmara Municipal de Penafiel, Antonino de Sousa, e da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes na Apresentação Oficial do evento, aceitando o convite feito pelo presidente da Federação de Motociclismo de Portugal, Manuel Marinheiro.
As primeiras inscrições, de mais de 300 participantes que pagaram um valor igual ao de 2024, tal como todos os entusiastas que, através do site do Portugal de Lés-a-Lés, se inscrevam para uma edição que contará com outras novidades no capítulo organizativo, como o inovador check-in digital no dia 7 de junho em Penafiel até à obrigação no respeito pelos horários nas partidas e nos diversos controlos ao longo do percurso.