MotoGP, 2023, Mugello – Antevisão do GP de Itália

Depois de um Le Mans ao rubro, a ação vai ser intensa e rápida nos próximos três fins-de-semana, com o Gran Premio d'Italia Oakley a dar início a uma tripla de provas em sucessão.

Há apenas um ponto de diferença no topo entre o actual Campeão Francesco Bagnaia (acima, Ducati Lenovo Team) e o pretendente ao trono Marco Bezzecchi (Mooney VR46 Racing Team), ambos com forma em Mugello... e em casa.

Em Mugello todos os olhos vão estar postos na Ducati e em Pecco Bagnaia, mas um único ponto não é muito, especialmente com duas hipóteses de pontuar em cada fim-de-semana de Grande Prémio.

A liderança estará em jogo na corrida Tissot Sprint em Mugello, e muito mais. Ganhar neste local é especial para qualquer um, e ainda mais para pilotos como Bagnaia e Bezzecchi.

Por outro lado, a Ducati é poderosa em Mugello, e há muitas. Bagnaia e Bezzecchi (esquerda) lideram o ataque, mas o herói da casa Luca Marini (Ducati Mooney VR46) estará desesperado por voltar à luta pelo pódio, e Jorge Martin (Ducati Prima Pramac), que vem de uma vitória no Sprint e de um pódio, vai querer estragar a festa dos heróis da casa.
Tal como o seu companheiro de equipa Johann Zarco, que ainda está à procura da primeira vitória no MotoGP...

Alex Márquez (Gresini Racing), entretanto, está à procura de um pouco de sorte e o seu companheiro de equipa Fabio Di Giannantonio dá-se bem em Mugello, depois de ter conquistado uma impressionante pole position no ano passado.

Enea Bastianini (Ducati Lenovo Team) também vai estar de volta à ação. A recuperação foi um pouco longa mas ele voltou a treinar entretanto, ao contrário de Pol Espagaró, que ainda não vai regressar desta na GasGas.

Há também o regresso de Michele Pirro como wildcard da Ducati, mas o GP de Itália é também uma corrida caseira para a Aprilia.

Maverick Viñales (Aprilia Racing) já subiu ao pódio esta época e esteve em França antes de se juntar a Bagnaia, e tanto ele como o colega de equipa Aleix Espargaró vão estar à espera de muito - no mínimo de lutar pelo pódio,.

Entretanto, os seus companheiros de equipa de Noale, Miguel Oliveira (88 direita) e Raul Fernández, da CryptoData RNF, estão a fazer um teste de condição física.

Oliveira tem estado afastado e ainda relatou alguns problemas com a moto no Aprilia All Stars Day, enquanto Fernández espera que mais tempo para recuperar da cirurgia ao braço lhe permita voltar à pista.

A Aprilia, tal como a Ducati, também tem um wildcard para o seu piloto de testes Lorenzo Savadori.

No canto laranja, a KTM voltou a ter azar em França, mas a fábrica austríaca vai estar mais forte em Mugello. Apesar do azar, Brad Binder (KTM Red Bull Factory Racing) está agora em terceiro no Campeonato... e a apenas 13 pontos da liderança.

O sul-africano era conhecido como um piloto de domingo antes de 2023, mas agora também ganhou dois dos cinco Sprints. Está longe de ser difícil imaginar Binder a liderar depois de Mugello e a estragar a festa dos heróis da casa.

Para o colega de equipa Jack Miller, (43, esquerda) entretanto, a velocidade estava bem presente em França, mas o australiano não conseguiu convertê-la em pontos. No entanto, sabemos que ele consegue, pelo que se pode esperar que volte a lutar na frente.

Na GASGAS Tech 3, houve muito para celebrar em França, com o estreante Augusto Fernández a fazer uma impressionante corrida até ao quarto lugar. Ele vai querer manter a bola a rolar em Mugello, com a boa notícia adicional de ter pontuado em todas as corridas até agora, o que não é fácil.

Do outro lado da garagem será Jonas Folger a correr enquanto Pol Espargaró continua a sua recuperação.

Na Yamaha, não tem sido o início de temporada mais fácil para Fabio Quartararo (Yamaha Monster Energy), mas o Campeão de 2021 já esteve no pódio e marcou pontos de forma consistente, sendo um de apenas três pilotos a fazê-lo.

O francês precisa de um pouco mais de sorte e algumas qualificações mais difíceis também não lhe facilitaram a vida. Será que isso pode mudar em Mugello? O companheiro de equipa Franco Morbidelli, por sua vez, procura a magia da Argentina depois de algumas corridas mais difíceis e é o terceiro piloto, juntamente com Quartararo e Augusto Fernández, que pontuou em todas as corridas até agora.

Pela Honda, as duas pole positions que Marc Márquez (Honda Repsol) disputou até agora viram-no conquistar a primeira e perder a segunda por apenas 0,058.

Nos Sprints tem um pódio e um quinto... e ficou perto do primeiro pódio da época em Le Mans. Tudo isso diz que o número 93 não pode ser descartado, como se alguém realmente se atrevesse.

Mugello não é um local onde Márquez tenha um grande número de vitórias, mas é claro que já dominou lá.  Dado o trabalho que continua a ser feito para levar a Honda de volta ao topo, é provável que o objetivo deste fim-de-semana seja mais luta na frente... mais tempo em pista, mais informação, mais batalhas.
Do outro lado da box da Honda Repsol, Joan Mir vai querer muito mais em Mugello. Alex Rins (Honda LCR Castrol) também está a ter uma época difícil, depois de não ter conseguido pontuar em Jerez e Le Mans, após ter liderado a tabela no COTA com 34 pontos no total. Para Takaaki Nakagami (Honda LCR Idemitsu) é o oposto, já que o piloto japonês terminou entre os dez primeiros nas duas últimas corridas de GP.

Dois italianos, duas Ducati, um único ponto entre eles... a disputa está apertada no topo!