MotoGP 2024 - Argentina cancelada

O cancelamento do evento de MotoGP em Termas de Río Hondo, o maior evento de desportos motorizados na Argentina, vem sendo falado  há algum tempo.

A principal razão parece ser a elevada taxa de inflação no país sul-americano, que atingiu uns alarmantes 211,4 por cento em dezembro de 2023 e a política de austeridade rigorosa do novo presidente Javier Milei.

A América do Sul desaparece assim do mapa do Campeonato do Mundo de Motociclismo, lamentável, uma vez que o subcontinente é um grande mercado de vendas e as corridas eram transmitidas em horário nobre, à noite, devido à diferença horária na Europa.

Já em 2023, afinal do Campeonato do Mundo de Superbike deveria ter tido lugar em San Juan Villicum, na Argentina, mas o promotor local quebrou o contrato com a Dorna e preferiu pagar uma multa.

Assim o plantel tem agora de voar para a América apenas para as corridas no Texas, de 12 a 14 de abril, e a Dorna não pode dividir os custos de transporte entre dois eventos, o que torna o evento nos EUA muito dispendioso.

Acresce que voos, carros de aluguer e hotéis na Argentina que estão reservados há meses dificilmente serão cancelados.

Desde 2014, a MotoGP tem visitado regularmente o GP da Argentina no Autódromo Termas de Río Hondo, que de facto é um dos favoritos de Miguel Oliveira, com interrupções só nos anos da pandemia em 2020 e 2021.

Antes, a Argentina tinha acolhido pela última vez um GP de motociclismo em 1999, quando a corrida ainda se realizava no Autódromo Oscar Alfredo Gálvez em Buenos Aires.

Quando o calendário de 2024 foi publicado no ano passado, a Dorna nomeou o Circuito de Balaton, na Hungria, a cerca de 95 quilómetros a sudoeste da capital Budapeste, como local de reserva, que teoricamente ocupa agora o lugar da Argentina.

Tudo indica que o GP da Argentina não será substituído, deixando o calendário com 21 corridas.