Repsol termina parceria de 30 anos com a Honda no MotoGP

A Repsol anunciou que irá encerrar a relação de 30 anos com a Honda no final da atual temporada de MotoGP, sendo patrocinadora desde 1995, uma parceria que gerou uma das decorações mais icónicas na história das corridas de motociclismo.

Este ano, a Repsol já tinha reduzido o seu compromisso com a equipa de fábrica da Honda, o que levou o fabricante japonês a abandonar o tradicional esquema de pintura totalmente laranja em favor de uma decoração híbrida, incorporando as suas próprias cores corporativas.

Contudo, após o final do campeonato de 2024 de MotoGP, o logótipo e a cor laranja da Repsol irão desaparecer completamente da RC213V, uma vez que a empresa decidiu não renovar o acordo com a equipa de fábrica.

"A Repsol decidiu não renovar o contrato de patrocínio com a Honda Racing Corporation (HRC) no Campeonato do Mundo de MotoGP, que termina a 31 de dezembro deste ano", lê-se num comunicado da Repsol.

"A Repsol Honda Team é a equipa mais bem-sucedida em termos de vitórias no campeonato, com 10 títulos de equipa, 15 títulos de pilotos e 183 vitórias na categoria rainha do motociclismo. A Repsol agradece o compromisso e a dedicação da HRC ao longo de todos estes anos de trabalho conjunto."

"A empresa multi-energética continuará ligada ao desporto motorizado, com o objetivo de continuar a desenvolver produtos e serviços da mais alta qualidade."

A informação foi anunciada durante o Grande Prémio de São Marino em Misano, do qual ambos os pilotos da Repsol Honda, Luca Marini e Joan Mir, foram forçados a desistir.

Na ausência de Mir e Marini, a Honda foi representada pela dupla da LCR, Johann Zarco e Takaaki Nakagami, e pelo piloto wildcard, Stefan Bradl.

A Repsol e a Honda desfrutaram de uma parceria frutífera nas últimas três décadas, com pilotos como Mick Doohan, Alex Crivillé, Valentino Rossi, Nicky Hayden, Casey Stoner e Marc Márquez a conquistar títulos com a famosa cor laranja da marca nas suas motos Honda.

No entanto, o declínio da Honda nos últimos anos já tinha levantado dúvidas sobre o futuro da relação, com a saída antecipada de Marc Márquez da equipa, no final do ano passado, a representar um duro golpe.