GP Solidário de Barcelona – Martin Campeão do Mundo!

A pergunta pairará para sempre: foi Jorge Martin que venceu este Campeonato ou
Francesco Bagnaia que o perdeu? A explicação a seguir.

andardemoto.pt @ 19-11-2024 17:10:04

Geof Duke, Mike Hailwood, Barry Sheene e muito outros que escreveram a ouro a história do Mundial de Velocidade da FIM, teriam dificuldade em entender o atual formato do campeonato, em que se formam campeões que não obtiveram os melhores resultados na prova raínha de cada jornada (o chamado Grande Prémio), mas numa outra corrida subalterna, menor na relevância e criada ‘apenas’ para ajudar ao show televisivo (é certo que o espectador pagante de bilhete na bancada também agradece…).

Foi o que aconteceu este ano. Com 11 vitórias em Grande Prémio – incluindo este ‘Solidário’ por Valência que encerrou a época – Francesco Bagnaia perdeu o título mundial para o seu rival Jorge Martin que somou três triunfos em GP. Se contabilizarmos apenas a ‘corrida grande’, 370 pontos contra 337, respetivamente. Indiscutível! Infelizmente para o italiano, havia outra contas a fazer. Apesar de empatados em número de vitórias (sete para cada um) na ‘prova de contorno’, a chamada Sprint, o madrileno Martin somou 171 pontos contra 128 de ‘Peco’. O italiano pode queixar-se de si mesmo. Apesar de superior nas corridas longas e de empatar em triunfos com Jorge nas ‘curtas’, demasiados erros nos ‘sprints’ custaram-lhe o título. No fim, tudo somado, 10 pontos separaram os dois primeiros (508 contra 498).




Em Barcelona, Bagnaia fez tudo o que podia (e tinha de) fazer: ‘pole-position’, vitória no sábado, vitória no domingo. Mas com Jorge Martin a precisar apenas de um nono lugar no Grande Prémio, a decisão não estava nas mãos do ‘oficial’ de Borgo Panigale. 

Mas não se pense que estes argumentos servem para retirar mérito ao piloto da Ducati privada agora coroado. Nem um pouco. Afinal, as regras são iguais para todos e Jorge Martin foi o que, cumprindo com as mesmas, chegou ao final da temporada à frente de todos na contabilidade dos pontos somados. O título de Martin tem ainda outros condimentos: em primeiro lugar por ter sido obtido pilotando para a Pramac, uma equipa privada – a mesma para a qual vai entrar Miguel Oliveira e que trocará o material italiano pelo japonês da Yamaha; em segundo lugar Martin foi preterido, no último segundo, por Marc Marquez para a segunda moto oficial da Ducati em 2025, o que caíu bastante mal ao piloto espanhol… e com Martin, em 2025, irá o número 1 para a carenagem de uma Aprilia. A vingança é um prato que se serve frio!




Marquez foi terceiro no campeonato, tendo sido em Barcelona o ‘anjo da guarda’ do seu futuro colega de equipa, ao terminar na segunda posição sem nunca ter esboçado o mínimo sinal de ataque ao líder. Bastianini, que fez esse papel na Sprint da véspera, despediu-se da posição de piloto oficial com um quarto lugar no campeonato, em mais uma época dominada pela Ducati. O ‘melhor dos outros’ foi Brad Binder (KTM) que concluiu a época no quinto posto, mas sem qualquer vitória.

Miguel Oliveita encerrou a sua fase Aprilia Trackhouse, regressando para uma ‘última dança’ depois de quatro GP’s de ausência. O português foi 15º no campeonato (em 24 pilotos classificados) e está pronto para um novo capítulo na sua carreira.


MOTO 2: Canet vence sprint final

Aron Canet cortou a meta com 91 centésimos de segundo de vantagem apenas sobre Manuel Gonzalez, no culminar de um duelo que durou mesmo até à última centena de metros da temporada.

De igual modo, imediatamente atrás, na discussão pela terceira posição na última corrida do ano em Moto 2, Daniel Moreira obteve o primeiro pódio na disciplina ao bater ao sprint o já coroado Campeão do Mundo, Ai Ogura, com a meta à vista.

Para Canet foi a quarta vitória da temporada e a confirmação do ‘título’ de vice-Campeão, a 40 pontos do japonês, após um início de ano desastroso.




MOTO 3: Sem palavras para Alonso

Começam a faltar os adjetivos para qualificar as exibições de David Alonso, o jovem colombiano Campeão do Mundo de Moto 3 deste ano. No circuito da Catalunha, neste GP Solidário para com as populações da Comunidade Valenciana, Alonso obteve a sua 14ª vitória da temporada (!!!), em 20 provas, e a 7ª vitória consecutiva (!!!). 18 vitórias em duas temporadas de Moto 3… O céu é o limite!

Desta feita, Alonso bateu Daniel Holgado (vice-Campeão a 165 pontos do colombiano) no tradicional sprint final das corridas de Moto 3, por 1 décimo de segundo. Angel Piqueras fechou o pódio da última corrida do ano.

Todos os resultados no site oficial.



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