Yamaha cria protótipo de moto com propulsão híbrida: um motor a combustão e dois elétricos

Os vários fabricantes de motociclos, estão a desenvolver diferentes estratégias que lhes permitam reduzir as emissões poluentes e, ao mesmo tempo, garantir a performance e emoção nas suas máquinas. A Yamaha está a preparar uma proposta inovadora ao aliar um motor a combustão com dois motores elétricos.

andardemoto.pt @ 17-3-2025 11:42:18

O que é Sistema SPHEV?

Da conjugação de um tradicional motor alimentado a combustível fóssil com dois motores elétricos a marca usou a designação Series Parallel Hybrid Electric Vehicles numa moto, algo que nunca tinha sido feito antes.

O objetivo é que possam existir diferentes formas de funcionamento: totalmente elétrico a baixas velocidades para chegar ao extremo de usar as três motorizações, a velocidades mais elevadas ou sob maior solicitação.

Por enquanto, a base de desenvolvimento é uma XMax 300 (292 cc), numa lógica de scooter de média cilindrada. É previsível que numa fase posterior a tecnologia se estenda a um largo leque de modelos e motorizações, incluindo, por exemplo, o três cilindros (CP3) de 890 cc. Conseguem imaginar, por exemplo, uma MT-09 com ainda melhor performance e menores consumos?

O motor a combustão terá a função de sempre, mas será auxiliado pelos dois motores elétricos. Um, diretamente acoplado na roda traseira, ajudará o motor de combustão e terá funções, por exemplo, em termo de travagem regenerativa.

O segundo motor elétrico terá funções de gerador, ou seja, a sua função será a de ajudar a carregar a bateria e, desse modo, permitir mais quilómetros sem emissões.

O arranque será  em modo elétrico, cabendo depois ao sistema ir gerindo os diferentes motores. Naturalmente que em situações de maior solicitação os três motores trabalham em simultâneo para garantir uma resposta mais forte.


Diferenças face ao sistema já disponível da Kawasaki

A marca da Akashi foi o primeiro construtor a lançar no mercado uma solução híbrida. Já estão disponíveis no mercado as Kawasaki Z7 Hybrid e Ninja Z Hybrid.

No seu sistema “paralelo” é possível o motor elétrico operar sozinho, ser apenas o de combustão ou até ambos, dependendo de um conjunto de parâmetros.

A proposta da Yamaha combina estas ideias, permitindo que o motor a combustão funcione como gerador ou diretamente na roda traseira, aumentando a flexibilidade e eficiência em diferentes cenários de condução, tendo sempre por base a maior eficiência.

Ainda uma outra abordagem diferente é a da Honda com o seu V3R, em que no lugar de um dos cilindros tem um compressor elétrico. Não é uma moto híbrida, mas o objetivo é similar: melhores performances, com menores consumos.

andardemoto.pt @ 17-3-2025 11:42:18

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