MotoE, 2022 – Elétricas são Ducati para 2023
A Ducati elétrica já foi apresentada
A
partir da época de 2023, a Ducati será o fornecedor exclusivo oficial de motos
a competir no Campeonato do Mundo Enel MotoE, a classe eléctrica do Campeonato
do Mundo de MotoGP
andardemoto.pt @ 1-7-2022 16:57:34 - Paulo Araújo
Um desafio tecnológico emocionante para escrever um novo e excitante capítulo na história das grandes corridas da Ducati, e redefinir o futuro da mobilidade eléctrica em duas rodas – é assim que a Ducati descreve esta sua nova aventura.
Pela primeira vez na sua história, a partir de 2023 será a Ducati o fornecedor oficial único de um campeonato mundial. Fá-lo-á com uma moto novinha em folha: a primeira Ducati de corrida equipada com um propulsor totalmente eléctrico. Na edição de 2023 da Taça do Mundo FIM MotoE™ estarão 18 motos Ducati elétricas em pista a cada fim de semana de corridas.
Uma moto eléctrica coloca desafios tecnológicos e de engenharia completamente diferentes dos de uma moto convencional, mas ao longo dos últimos meses, engenheiros e designers da Ducati têm trabalhado em conjunto para encontrar as melhores soluções.
De facto, o desenvolvimento da primeira Ducati eléctrica está a ser conduzido em total sinergia pelos engenheiros da Ducati e da Ducati Corse.
Para a Ducati, o mundo das corridas tem sido sempre o laboratório no qual se desenvolvem novas competências e se produzem inovações tecnológicas.
O que vem agora à luz é uma moto elétrica única, integrando soluções técnicas nunca antes vistas para o banco de baterias, motor e inversor.
O
projeto MotoE beneficia da troca de conhecimentos tornada possível pela
estratégia "Novo Automóvel" do Grupo Volkswagen para 2030.
Michele Pirro, piloto de teste da marca, tem estado a ensaiar a moto e esteve presente na mostra oficial. Pirro descreve a moto como muito semelhante a uma moto normal, excepto pelo ruído – ou falta dele!
O acordo assinado com a Dorna Sports vai até 2026 e abrangerá quatro edições do Campeonato do Mundo de MotoE.paixão e trabalho da equipa Ducati MotoE levou à criação de uma moto elétrica com soluções técnicas únicas. Começando pelo conjunto de baterias, o elemento mais característico e vinculativo em termos de massas e dimensões, que na Ducati MotoE se caracteriza por uma forma especificamente desenhada para acompanhar o curso natural da secção central da moto.
O conjunto de baterias pesa 110 kg e disponibiliza uma capacidade de 18 kWh com uma entrada de carregamento de 20-kW integrada na traseira. No interior encontram-se 1152 células cilíndricas do tio “21700”.
O inversor, com um reduzido peso de 5 kg, é uma unidade derivada de um modelo de alta performance utilizado em competições motorizadas de veículos elétricos, enquanto o motor com 21 kg de peso e capaz de uma velocidade de rotação máxima de 18.000 rpm, foi desenvolvido por um parceiro segundo as especificações técnicas fornecidas pela Ducati.
Todo o sistema está baseado numa voltagem de 800V (com o conjunto de baterias totalmente carregado) para maximizar a entrega do motor elétrico e, como consequência, as prestações e autonomia.
Uma das mais avançadas soluções técnicas testadas nas Ducati MotoE diz respeito ao sistema de refrigeração. Os componentes do protótipo são, de facto, arrefecidos por um eficiente e particularmente sofisticado sistema líquido com um duplo circuito, desenhado para ir ao encontro das diferentes necessidades térmicas do conjunto de baterias e da unidade motor/inversor.
Isto garante uma extrema regularidade das temperaturas, com importantes benefícios em termos de consistência da performance, mas também nos tempos de carregamento.
De facto, não é necessário esperar pelo arrefecimento do conjunto de baterias para iniciar o processo: a Ducati MotoE pode ser carregada assim que entra na box, e demora cerca de 45 minutos para recarregar até 80% da sua autonomia.
A caixa do conjunto da bateria, fabricada em fibra de carbono, também age como membro estruturante do quadro, tal como acontece com o motor da Ducati Panigale V4, com uma estrutura ‘Front Frame’ monocoque em alumínio na área frontal que pesa 3,7 kg.
A traseira é composta por um braço oscilante em alumínio com 4,8 kg de peso e uma geometria como a da Ducati Desmosedici que corre em MotoGP. O sub-quadro, que integra a secção traseira e o assento do piloto, é feito em fibra de carbono.
A suspensão conta, na frente, com uma forquilha hidraulica Öhlins NPX 25/30 com bainhas invertidas de 43 mm de diâmetro, derivada da Superleggera V4, enquanto um amortecedor Öhlins TTX36, totalmente regulável, está presente na traseira. O amortecedor de direção é uma unidade regulável Öhlins.
O sistema de travagem é fornecido pela Brembo à medida dos requisitos específicos para a Ducati MotoE. À frente é composto por um duplo disco em aço com um diâmetro de 338,5 m e rigidez acrescida, que tem aletas no diâmetro interno com o objetivo de aumentar a superfície da área de atuação térmica e melhorar o arrefecimento do disco em condições de uso extremo em pista.
Neste duplo disco atuam duas pinças GP4RR M4 32/36 com uma bomba radial PR19/18. Na traseira, a pinça P34 age sobre um único disco de 220 mm de diâmetro e 5 mm de espessura com uma bomba PS13.
As equipas podem também escolher equipar as suas motos com um comando opcional do travão traseiro posicionado do lado esquerdo dos avanços, que o piloto pode utilizar como alternativa ao pedal de travão.
O facto de a Ducati pertencer ao Grupo Volkswagen, que fez da mobilidade elétrica um elemento essencial da sua estratégia “New Auto” 2030, representa o melhor pré-requisito para um extraordinário intercâmbio de competências no campo das unidades motrizes elétricas.
A Ducati está em contacto próximo com o Centro de Excelência (CoE) em Salzgitter, na Alemanha, mas também com outras marcas do grupo, como a Porsche e a Lamborghini.
O website Ducati conta agora com uma secção dedicada ao projeto MotoE neste link.
andardemoto.pt @ 1-7-2022 16:57:34 - Paulo Araújo
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