Bullit Hunt S 125 - Memórias de juventude

Uma moto que nos conquista liberdade, tempo, dinheiro e ainda nos proporciona o inexplicável prazer de apanhar vento no peito!

andardemoto.pt @ 14-10-2017 17:47:45 - Texto: Paulo Araújo | Fotos: ToZé Canaveira

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Bullit Hunt S 125 | Moto | Motos 125cc

A Bullit é uma das mais recentes marcas à venda em Portugal. Com uma gama de modelos de estilo “vintage” e design inspirado nas clássicas inglesas, de aspecto nostálgico. Pode ficar a conhecer toda a gama Bullit se clicar aqui.

Para avaliar esta Bullit Hunt S 125 imparcialmente, quis imaginar que tinha começado a andar de moto há pouco tempo, para não trazer a este contacto ideias pré-concebidas, nem preconceitos ou expectativas exageradas. 


Ou seja, tive de recuar no tempo 40 anos. Se tivesse apanhado esta Bullit Hunt S 125 com 19 ou 20 anos, seria espantosa... e nem tanto pela injecção electrónica, pela forquilha invertida, travagem combinada, ou pelo indicador digital de mudança engrenada – modernices que, não existiam nos anos 70 do século passado – ou pelo menos não se encontravam numa pequena e acessível 125 que pudesse ser conduzida com carta B (de carro) ou licença A1 de moto. 

O que quero dizer é que tentei olhar para a pequena Bullit com a emoção e expectativa daquilo que uma moto representava para mim na altura: todo um mundo de autonomia, de independência, numa palavra: Liberdade.


Liberdade para ir aonde me apetecesse sem entraves, num lapso de tempo razoável (e no caso de cidades mais congestionadas, quase inacreditável) e com um custo de deslocação irrisório (ainda me lembro dum cabeçalho do Daily Mirror da altura a proclamar “Choque da gasolina a 10 cêntimos o litro!”). Um mundo em que um pequeno objecto abria, de repente, possibilidades até aí fora de alcance: Voltar a casa bem depois do horário do último transporte, ou convidar pessoas (leia-se miúdas!) para um passeio de moto.

E ainda fazer diariamente um percurso casa-colégio-trabalho-diversão, equivalente (grosso modo) a viver em Odivelas, estudar em Cascais e trabalhar na Graça, sem sequer pensar na enormidade do que seria fazer isso de transportes públicos ou de carro, ou como lhes vim a chamar muito mais tarde, veículos com rodas a mais...


Com as devidas diferenças (e não são tantas assim) é isso que a Bullit Hunt S 125 coloca ao nosso alcance: L-I-B-E-R-D-A-D-E. 

Liberdade pela sua economia.

A primeira vez que não confiei na luz de reserva, algo errática, e quis reabastecer, o depósito ainda estava aparentemente tão cheio como 2 dias antes... Tive de me render a esperar consumos da ordem dos 2,5 l aos 100, que é como quem diz que, numa deslocação diária casa-trabalho de 30 Km, se gastariam cerca de 6 Euros por semana... 


Liberdade pela sua rapidez e simplicidade de operação...

Os comandos da Bullit Hunt S 125 são leves e precisos, a travagem é ao mesmo tempo poderosa, doseável e integrada, querendo dizer que, quer escolha a sedosa manete acabada a negro na mão direita, ou o pedal algo sobredimensionado no pé do mesmo lado, o sistema actua sobre ambas as rodas...

E posso dizer que funciona às mil maravilhas, graças a um ciclista que resolveu mudar do passeio da direita para o da esquerda, sem olhar para trás e mesmo à minha frente... fiquei a 40 cm de enfiar a Bullit na roda traseira do idiota, já com os pneus a chiar, mas em perfeito controlo… Felizente que os pneus de 2017 são muito melhores que os de há 40 anos. 

Da injecção electrónica, fixem apenas que é um sistema (finalmente) mais económico e menos poluente que o carburador, que esguicha na câmara de combustão a quantidade óptima de gasolina no momento exacto. Este sistema recupera um algo obsoleto motor monocilíndrico de 124 cc de origem Honda, emprestando aos seus 11,5 cavalos uma nova suavidade e progressividade de operação.

Lá está, julgando pelos parâmetros de quando comecei a andar de moto, este conjunto equipado de arranque eléctrico, seria um sonho, mesmo que mal atinja os 100 Km/h e nas subidas pronunciadas obrigue a recorrer à caixa de 5 velocidades, felizmente de operação tão ligeira e suave como o resto da moto.

O peso de cerca de 130 Kg não é intimidante, até porque, com uma altura de assento de apenas 720mm, colocamos os pés no chão facilmente (senhoras tomem nota!) e o arranque eléctrico simplifica as coisas ainda mais.

A combinação de design Europeu e de fabrico chinês, neste caso, deu o melhor dos dois mundos, até porque há muito na moto que provém de marcas conceituadas, como por exemplo os comandos do guiador que são absolutamente idênticos aos das Honda de há poucos anos atrás.

Ainda parte da lista impressionante de equipamento, destaco a forquilha invertida, que proporciona um tacto um pouco duro à suspensão mas que trabalha muito bem para manter a roda dianteira bem colada ao piso, o indicador de mudanças digital, o assento generoso e a estiloasa pintura de dois tons, salientada pelos acabamentos a negro mate da maior parte do resto da Bullit.

Mas o melhor mesmo é o preço: 2.800 Euros (mais documentos) por uma 125 completa, e cheia de estilo, não há como argumentar... Cidade, aqui vou eu!

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andardemoto.pt @ 14-10-2017 17:47:45 - Texto: Paulo Araújo | Fotos: ToZé Canaveira


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