Carmelo Ezpeleta traça futuro do MotoGP e vai continuar na liderança
Em entrevista à GPOne, Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna, revelou os ambiciosos planos de expansão global para a MotoGP, incluindo a confirmação de uma temporada recorde em 2025 e o tão aguardado regresso do Grande Prémio do Brasil em 2026, ao mesmo tempo que abordou a sua própria continuidade no comando da categoria rainha.
andardemoto.pt @ 21-5-2025 17:00:00
O MotoGP ambiciona uma expansão contínua ao nível mundial, com a temporada de 2025 a prometer ser a mais longa da história do campeonato, com um total de 22 Grandes Prémios. Após cancelamentos em anos anteriores, que afetaram eventos na Finlândia, Cazaquistão e Índia, este ano não estão previstas alterações no calendário, que vai incluir regressos como a República Checa e novas entradas, como é o caso da Hungria.
Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna, confirmou em entrevista à GPOne que o Campeonato do Mundo vai visitar a Hungria, conforme planeado, no final de agosto. Esta garantia surge após as últimas inspeções terem mostrado que os trabalhos preparatórios no novo circuito de Balaton Park estão a avançar a bom ritmo. "Salvo circunstâncias imprevistas, todos os GPs programados serão realizados este ano, não tenho dúvidas quanto a isso", afirmou o chefe espanhol. "Tudo está a correr como planeado na Hungria. A nossa equipa já esteve lá e os trabalhos serão concluídos a tempo. Não estamos preocupados, especialmente porque o Campeonato Mundial de Superbike também estará lá no último fim de semana de julho", acrescentou.
Mas a Hungria não é o único desafio do MotoGP para os próximos anos. Em 2026, o Grande Prémio do Brasil está de volta ao calendário, após mais de duas décadas de ausência no país latino-americano. A prova tem lugar no circuito de Goiânia. "A visita ao Brasil para 2026 é fixa, não há margem para discussão. Não é necessário fazer grandes mudanças na pista, mas as instalações serão completamente renovadas. Fizemos a apresentação em março com o governo do estado brasileiro de Goiás", explicou Ezpeleta sobre as alterações previstas para a pista que leva o nome de Ayrton Senna.
Além do Brasil, a incógnita paira sobre quando o MotoGP fará finalmente a sua incursão na Arábia Saudita, um território já explorado por outras categorias do automobilismo, como a Fórmula 1 e a Fórmula E. Embora as duas rodas tenham sido pioneiras no Catar, as motos não podem visitar uma pista tão perigosa quanto a de Jeddah, palco da F1.
O país asiático está a construir uma nova pista em Qiddiya, desenhada pelo ex-piloto Alex Wurz, que deverá acolher uma prova em 2028, com os organizadores a manifestarem claramente o desejo de receber também a MotoGP.
O CEO catalão também abordou a sua própria continuidade aos comandos da Dorna Sports. Aos 78 anos, e apesar da especulação sobre possíveis substitutos como Massimo Rivola (CEO da Aprilia) e Stefano Domenicali (CEO da F1, da Liberty Media, que está em processo de compra da Dorna), Ezpeleta pretende manter-se no cargo. "Se me mantiver saudável, gostaria de continuar por mais dois ou três anos. Esse é o meu plano e a minha visão. Sinto-me confortável e bem na minha posição e ganhei muita experiência. Sem um emprego, eu iria desmoronar", confessou.
andardemoto.pt @ 21-5-2025 17:00:00
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