MotoGP 2025 - Malásia Alex Marquez faz história
O fim de semana produtivo de Alex Marquez no GP da Malásia valeu-lhe uma entrada muito especial na história do motociclismo: pela primeira vez, dois irmãos são Campeão e Vice-Campeão do Mundo!
andardemoto.pt @ 27-10-2025 15:30:14 - Vitor Sousa
Os dois miúdos de Cervera, que faziam corridas de bicicleta pela vila espanhola como quaisquer jovens da sua idade em qualquer parte do mundo, estariam, nesse tempo em que eram crianças, longe de imaginar o que o futuro lhes reservava.
Marc e Alex, ambos se tornaram Campeões do Mundo de motociclismo e um deles veio mesmo a afirmar-se como um dos melhores de sempre, com nove títulos conquistados. Agora que Marc está fora das pistas a recuperar de (mais) uma lesão complicada, Alex teve a tarefa facilitada para garantir o que vinha ‘ameaçando’ desde o início da época: a conquista do vice-campeonato.
Não que a mesma estivesse seriamente ameaçada, mas fazê-lo a duas rondas do final da temporada merece o devido destaque.
Tendo sido um seguro segundo classificado na Sprint e um autoritário vencedor no Grande Prémio, Alex Marquez contribuiu ainda para um fim de semana glorioso para a equipa Gresini, que confirmou a conquista do título entre os Independentes e teve o seu outro piloto, Fermin Aldeguer, a confirmar-se como melhor Rookie da temporada.
Mas fez mais: após uma jornada anterior difícil para a Ducati, em Phillip Island, Marquez ajudou a marca italiana a voltar ao degrau mais elevado do pódio, com um bom resultado de conjunto para as cores de Borgo Panigale.
E quase, quase… ofuscava o outro grande feito da passagem do Mundial de MotoGP por Sepang: o regresso aos triunfos de ‘Pecco’ Bagnaia.
Nesta época enigmática que o ex-Campeão do Mundo tem vindo a efectuar, depois do céu no Japão e da súbita queda no Inferno na Indonésia e na Austrália, não se sabia o que Bagnaia poderia fazer em Sepang. Nem ninguém esperaria muito, na verdade.
De repente, e após uma ‘Practice’ mal conseguida, o italiano salta para a ‘pole-position e confirma, com uma exibição imaculada na Sprint, um regresso à glória totalmente inesperado.
À frente de Marquez e de um insistente Pedro Acosta a tentar tirar partido de uma KTM ‘feita’ às características do circuito. Esperar-se-ía algo idêntico na corrida principal. Tendo partido bem, Bagnaia controlou a primeira volta, mas cedo se percebeu que não estava tão à vontade quanto na véspera.
Talvez tenha sido devido à escolha de um pneu de mistura média para a roda dianteira que lhe terá roubado o ‘feeling’ dos dias anteriores, o certo é que se viu ultrapassado muito cedo por Alex Marquez (que caminhou sozinho para a sua quarta vitória da temporada, terceira na corrida de domingo) e, à 13ª volta (de 20), por Pedro Acosta (terceiro P2 do ano, e segundo nos três últimos GPs).
Estava a tentar não perder tempo para um surpreendente Joan Mir, aos comandos de uma Honda que tem vindo a dar boas indicações de melhoria nas últimas corridas (segundo P3 nas últimas quatro provas, melhores resultados do ano), quando subitamente perdeu velocidade. Veio a confirmar-se que se tratou de um furo lento, provocado por uma peça de carbono na pista… Faltavam três voltas para completar a corrida.
Notório foi o apagamento da Aprilia que, nas jornadas anteriores, quer através do seu piloto de fábrica Marco Bezzecchi, quer através do ‘cliente’ Raul Fernandez, tinha vindo a evidenciar-se, assumindo, inclusivamente, o papel de principal marca desafiadora da ‘toda-poderosa’ Ducati. Desapareceu por completo em Sepang.
Desta vez não devido aos problemas de sobreaquecimento de que sofreram noutras passagens pelo quente e húmido território malaio - que, segundo afirmam, estão ultrapassados - mas por uma notória incapacidade de colocar potência no solo. Bezzecchi ainda ‘salvou’ 9 pontos, importantes na luta pelo terceiro lugar no campeonato com Bagnaia. Vantagem de 5 pontos para o piloto da Aprilia à partida para as duas últimas rondas da temporada.
Oliveira no ‘pesadelo’ da Yamaha
Mais um fim de semana para esquecer para a Yamaha. Fabio Quartararo conseguiu disfarçar, mas não se percebe bem se é com talento ou com o facto de ter uma moto ‘feita’ às suas características de pilotagem. Os restantes pilotos penaram para pontuar. Rins somou três pontos, Miller dois e Oliveira… zero!
O português qualificou mal, caíu na corrida Sprint e no GP, embora tenha levado a moto até ao final na prova de domingo, cruzando a meta em P19 e último. Quebrou assim uma série de seis provas consecutivas a pontuar. Aguardemos por Portimão.
O GP de Portugal é a próxima jornada deste campeonato e tem lugar no fim de semana de 7, 8 e 9 de novembro.
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