R 18 B Heavy Duty - Uma Bagger com sotaque
Originalmente alemã, fabricada na alemanha, modificada por um alemão, para fazer sucesso na América, mais concretamente na meca das Baggers, Daytona.
andardemoto.pt @ 14-3-2023 07:19:00
Foi há quase 40 anos (1984) que Fred Kodlin fundou a sua loja de customização em Borken, na Alemanha. Fred dedicou a sua vida à modificação de motos, sendo conhecido de um lado e outro do Atlântico pelas suas criações ora radicais ora sofisticadas, tendo vencido bastantes Bike Show, muitos deles, nada mais nem nada menos do que em Daytona, facto que lhe valeu ser o primeiro não americano a entrar para o conceituado Sturgis Hall of Fame.
A última criação de Fred é mais uma daquelas motos que prendem a atenção de qualquer um, tendo como base, e pela primeira vez na sua longa carreira, uma BMW. Qual? pois aquela que agora é irresistível para qualquer customizador. a BMW R18.
Juntamente com seu filho Len, que herdou do pai o gosto pela modificação de motos, criou a R18 B Heavy Duty, uma radical transformação que obrigou a massivas modificações do quadro para a adaptação de uma suspensão pneumática.
“Fomos obrigados a refabricar os tubos superiores do quadro para baixarmos a altura do assento, e também modificámos as mesas de direção para corrigirmos a geometria da ciclística e garantir uma condução mais confortável e descontraída”, explicou Fred Kodlin.
Vista de lado, o perfil desta BMW apresenta linhas incríveis de fluem desde o alto do pára-brisas até à longa e baixa traseira que incorpora harmoniosamente as malas laterais, características desde estilo “Bagger”.
A suspensão pneumática, instalada em ambos os eixos, permite aumentar ou diminuir rapidamente a altura da moto ao solo, graças a um potente compressor instalado e bem escondido por debaixo da mala esquerda que, para gaudio de qualquer assistência, permite estacionar a moto sem recurso a qualquer tipo de descanso, apoiando-se apenas em suportes colocados a escassos centímetros do chão e, por sua vez também, arrancar com imenso estilo, com apenas um toque num botão.
As carenagens foram alvo de muito trabalho, e demoraram mais de 3 meses até ficarem definitivamente prontas. Um novo depósito, mais alongado que o original, fabricado em chapa metálica e com abaulados nos lados, obrigou a modificar também os suportes da parte de trás.
Os guarda lamas foram modificados, sobretudo porque o da frente tinha que abraçar uma nova jante de 21 polegadas, e porque Kodlin não resistiu a criar uma.cobertura para a roda traseira, a partir de dois guarda-lamas da R18 que foram juntos e que incorporam o farolim e os piscas.
Um spoiler frontal esconde onsistema de iluminação do chão, com 3 cores alternativas, algo que é uma funcionalidade quase obrigatória nestas motos de exibição. Os paineis centrais, completamente fabricados em casa, fluem em direção às malas laterais, onde nas tampas sobressaem os altifalantes Marshall do sistema de som que está inserido no seu interior.
Por falar em som, a linha de escape também foi toda fabricada pelos Kodlin.
Por cima das cabeças do enorme motor boxer, existem duas peças metálicas, em forma de asas aerodinâmicas, cuja funcionalidade prática é inexistente, mas que promove uma grande harmonia entre os diversos componentes, contrastando com o negro do bloco do motor, e criando um aspeto mais impactante quando a moto é vista de frente.
O assento em pele sintética e têxtil Alcantara e um guiador também ele feito à medida rematam o conjunto que foi pintado por um tatuador.
De seu nome Marcel Sinnwell, idealizou um esquema complexo e colorido que não passa de forma alguma despercebido e que também não deve ter sido nada barato, pois últimamente este artista tem-se dedicado apenas à pintura de iates, tendo a R 18 B Heavy Duty sido uma excepção.
Incorporando técnicas que utilizaram tintas transparentes e pigmentos metálicos para efetuar gradientes, com aerógrafo, o resultado acabou por se revelar bem ao estilo de Daytona.
Fred Kodlin utilizou muitos componentes originais, como as maxilas de travão, as manetes, os pesos dos punhos e as peseiras, tendo inclusivamente enaltecido a qualidade de construção, salientando até a qualidade geral dos parafusos originais, em aço Inox e com cabeça Torx bastante sólida, e a simplicidade do sistema elétrico, com as cablagens bem escondidas e integradas na moto.
Mecanicamente o Big Boxer ficou tal como de série, tendo apenas sofrido uma intervenção estética ao nível das tampas do motor e das cabeças dos cilindros, que foram pintadas de negro.
andardemoto.pt @ 14-3-2023 07:19:00
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