Gama Victory Motorcycles disponível em Portugal
A Victory Motorcycles, está agora disponível em Portugal, O andardemoto.pt já andou em alguns modelos.
andardemoto.pt @ 21-5-2015 20:57:26
Texto: Rogério Carmo Foto: Marca
Tal como a marca Indian, cuja gama já lhe apresentámos há uns dias, também a outra marca da Polaris, a Victory Motorcycles, está agora disponível em Portugal. Tivemos a oportunidade de “conviver” com alguns dos modelos da gama de 2015 que já estão disponíveis para Test Ride no stand da Luzeiro, em Queluz.
Numa apreciação geral, os modelos Victory afastam-se um pouco dos refinados parâmetros pelos quais se rege o mundo custom em geral, e os mais puristas em particular. O tão enaltecido “feeling” característico dos motores da velha escola, como o da Harley Davidson e o da Indian, arrefecidos a ar, com balancins accionados por hastes e sequências de ignição que favorecem o binário em detrimento da cavalagem, emitindo sons graves e estudados para causar arrepios na espinha dos transeuntes, não está presente na unidade motriz que equipa todos os modelos da Victory: o 106ci Freedom V-Twin.
A Polaris, no entanto, não engana ninguém e reivindica para esta sua marca, nascida em 1997, o estatuto de motos de uma América moderna. Por isso estes modelos se aproximam tanto das suas congéneres japonesas em termos de prestações e de desempenho.
Não fazendo alarde do caso, mas consciente de que o preço é um factor cada vez mais importante, a Polaris também admite que estas são motos mais económicas, mas perfeitamente capazes de proporcionar elevados níveis de prazer a quem não fizer questão de comprar pergaminhos históricos.
Efectivamente, o bicilíndrico em “V” a 50º, com quatro válvulas por cilindro e árvore de cames à cabeça, refrigerado por ar e óleo, com 1.737cc de ciclindrada e dotado de injecção eletrónica, com caixa de seis velocidades integrada, é uma máquina de elevada capacidade que debita quase 140Nm de binário e ainda serve de elemento estruturante do conjunto que está dotado de um quadro muito rígido, sendo que nas gamas Bagger e Touring ele é de alumínio fundido. Para que não haja dúvidas relativamente à fiabilidade do material, a Polaris vincula-se a uma garantia de 5 anos.
Victory Magnum
O seu mote de venda reza que a inveja é equipamento de série. Isto porque as voluptuosas linhas desta Bagger não deixam ninguém indiferente. O frontal Boomerangue sobressai na frente muito elevada, em parte à custa da enorme jante de 21 polegadas que exibe na roda dianteira, e que contrasta com a traseira muito baixa dotada de avantajadas malas laterais. Destaca-se por isso, mas não só, no meio do trânsito. E se não for pelo seu aspecto imponente, ou pelo elaborado esquema cromático, será certamente pelo soar da aparelhagem sonora cujos altifalantes debitam 100W musicais.
Agarrados ao guiador “ape hanger”, a posição de condução incita à descontracção, a apreciar a paisagem e a “go with the flow”. O enorme frontal proporciona uma proteção aerodinâmica acima da média sem causar turbulência no capacete e até a velocidade atingir os três dígitos, consegue-se ouvir música com alguma qualidade.
Em andamento esta moto parece que anda sozinha, sendo muito estável e fácil de colocar na trajectória pretendida, isto devido à grande altura da roda da frente que também garante uma inclinação lateral acima da média, quando comparada com outras custom. No entanto, a manobrar e a baixa velocidade, a geometria assim conseguida fá-la parecer bastante menos estável.
Mesmo em sexta velocidade o motor responde forte desde baixos regimes e podemos ir nessa relação de caixa quase até ao fim do mundo. Por falar nisso, a caixa não sendo um exemplo de suavidade, é precisa e bem escalonada.
Os acabamentos são na generalidade cuidados, mas pequenos pormenores como a arrumação de cabos e ligações elétricas podiam ser melhorados. Tal como a travagem, que tampouco impressiona e que em andamentos mais vivos cumpre a sua missão com alguma dificuldade. Por outro lado, a suspensão garante um bom comportamento e conforto.
Os poucos quilómetros que rodámos nela não foram suficientes para maiores apreciações, mas fica a ameaça de que voltaremos ao tema.
Victory Gunner
Esta foi outra das motos que pudemos experimentar nesta apresentação, e uma das que mais agradou esteticamente. O seu estilo é inegavelmente rebelde, com o som emitido pelo escape a roçar os limites da ilegalidade. O motor garante uma resposta viva e a ciclistica responde com muita rapidez, sendo uma pena que a inclinação lateral que permite seja tão escassa, que acaba por tirar todo o prazer a qualquer estrada de curvas. Mas o preço do estilo é esse, na maior parte dos casos.
A posição de condução é bastante confortável, apesar dos pés irem ligeiramente avançados. Mas o guiador consegue compensar fazendo os braços adoptarem uma linha quase horizontal, quase natural. Apesar do assento “solo” que fica a escassos 635mm do solo, a Gunner está homologada para transportar passageiro. Basta apenas adquirir o assento e os poisa pés.
Victory Judge
Comparativamente com a moto anterior, esta Judge apresenta uma posição de condução bastante mais radical, com o guiador mais largo e mais afastado, os comandos ligeiramente avançados e um escape muito menos másculo, uma suspensão algo mais dura, a mesma limitação de altura a curvar e da mesma falta de tacto dos travões. É uma moto com um estilo muito próprio, radical e que se presta a elevados níveis de customização.
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andardemoto.pt @ 21-5-2015 20:57:26
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