Teste UM Chill 125 - O lado "chill" da vida

A Chill é a única scooter que a marca americana UM disponibiliza. Testámos a versão 125 cc e descobrimos o lado “chill” da vida.

andardemoto.pt @ 25-6-2020 09:30:00 - Texto: Bruno Gomes | Fotos: Luis Duarte

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UM Chill 125 | Scooter | Scooter


A United Motorcycles (UM) é uma marca americana fundada no início dos anos 2000 pela família Villegas. O patriarca da família, Octavio Villegas Llano, tinha como objetivo criar veículos que pudessem ser usados pela população com menos posses financeiras. É por isso que a UM tem uma gama de modelos acessíveis mas bastante eficientes.

E se é verdade que as suas scramblers e trails são o maior destaque da gama da UM, também não deixa de ser verdade que a marca americana conta com uma proposta bastante interessante para quem procura uma scooter urbana e leva um estilo de vida descontraído.

A Chill 125, que se apresenta em Portugal pelas mãos do importador da marca, a Multimoto, com um PVP extremamente atraente e competivo de apenas 1880 euros, é a proposta para quem gosta de desfrutar do lado “chill” da vida.



O motor que dá vida à Chill 125 é um convencional monocilíndrico de 125 cc.

Esta unidade motriz com refrigeração por ar disponibiliza  8,1 cv de potência máxima às 7.500 rpm. Está apoiado no quadro de uma forma que transmite poucas vibrações. E o sistema de injeção eletrónica de combustível está tão bem afinado, que facilmente conseguimos “esticar” a autonomia para perto dos 200 km.

Tendo em conta que o depósito de combustível, que tem o bocal na plataforma plana e por isso fica demasiado baixo, tem capacidade para 6,2 litros, e se tivermos em linha de conta que em média numa utilização urbana percorremos 40 km por dia, isso significa que a UM Chill 125 consegue sobreviver uma semana inteira sem ter de visitar o posto de abastecimento.

Não é um portento de força. Mas o motor da Chill cumpre com as exigência básicas de uma utilização urbana. Não se destaca pela capacidade de aceleração ou velocidade máxima, mas esta scooter revela um carácter bastante equilibrado, dócil, descontraído. É uma scooter perfeita para desanuviar do stress do dia-a-dia.



As suspensões, um conjunto composto por forquilha dianteira e amortecedor traseiro, garantem que a Chill 125 consegue absorver os maiores impactos sem desestabilizar o conjunto que se revela particularmente sólido e com uma rigidez torsional interessante. No entanto o amortecimento algo seco, em particular do trem traseiro, penaliza o conforto.

Felizmente o assento da Chill 125 é bem almofadado, pelo que consegue absorver uma parte dos impactos e evitar que a coluna do condutor sofra. Por falar em assento, não posso deixar de referir que a 810 mm de altura do solo o assento é alto. Mas devido ao seu desenho esguio, mesmo os condutores de perna mais curta não terão muitos problemas em chegar com os pés ao solo.

Debaixo do assento o espaço para transporte e arrumação de objetos permite guardar um capacete jet. O espaço que sobra dá apenas para uma carteira ou outro pequeno objeto. Felizmente a UM inclui no painel dianteiro um porta-luvas de dimensões generosas, onde podemos então transportar mais objetos.



Com um design que facilmente nos transporta para outra scooter icónica fabricada em Itália, a UM Chill 125 revela-se confortável nos trajetos de curta e média distância.

Dinâmicamente impressiona pela sua agilidade! Com apenas 90 kg de peso (a seco) e uma geometria pensada precisamente para uma condução em cidade, manobrar a Chill é fácil e intuitivo.

A precisão da direção em inclinação não é a melhor, particularmente a velocidades mais elevadas, mas a rápida resposta aos impulsos no guiador, corrigindo facilmente as trajetórias, garante que a Chill 125 se pode conduzir de forma absolutamente descontraída.



Duas últimas notas para abordar os travões e qualidade de construção / acabamentos.

Em relação aos travões, e apesar de ser um sistema relativamente simples composto por disco dianteiro e travão traseiro, com acionamento combinado, a verdade é que o “feeling” nas manetes é agradável e progressivo. Sente-se falta de um pouco mais de “mordida” inicial no momento de travar, mas tendo em conta o segmento, não desilude.

Já ao nível da qualidade de construção e acabamentos sou obrigado a fazer alguns reparos, mesmo tendo em conta que a Chill 125 é uma proposta “low budget”.

Os diversos painéis de plástico não encaixam na perfeição uns nos outros. Existem painéis com demasiada folga, outros que ficam desfazados. Não é algo que tenha interferência em termos de condução, e também não posso dizer que se notam ruídos parasitas.

Mas numa scooter que, na minha opinião, apresenta uma imagem apelativa, seria benéfico se a UM apresentasse algum cuidado na montagem da mesma.

Neste teste utilizámos os seguintes equipamentos de proteção

Capacete – HJC IS-Multi

Blusão – REV’IT! Hoody Stealth

Luvas – Ixon RS Slick HP

Botas – REV’IT! Mission

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andardemoto.pt @ 25-6-2020 09:30:00 - Texto: Bruno Gomes | Fotos: Luis Duarte

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