Teste Brixton Crossfire 500 XC - Para toda a obra

A Brixton, marca do Grupo austriaco KSR, nasceu em 2016 e em meados de 2022 brindou-nos com a scrambler neo-retro Crossfire 500 XC.

andardemoto.pt @ 17-1-2023 13:17:30

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Brixton Crossfire 500 XC | Moto | Motociclos A2

Os modelos inspirados na aparência das motos do passado, mas com traços contemporâneos parecem inundar o mercado atual. Talvez como forma de prestar homenagem a toda uma história ou simplesmente por ser moda.

A Brixton, sem ficar indiferente a esta tendência, decidiu “agarrar” no seu modelo neo-retro, a Crossfire 500, e adaptá-lo às diferentes necessidades, criando duas variantes, a 500 X e a 500 XC.

Diferenciada da sua irmã pela estatura mais alta que enaltece as suas qualidades off-road, a Brixton Crossfire 500 XC entrega-nos doses de diversão quando estamos aos seus comandos.


É baixa o suficiente para os motociclistas com uma estatura entre 1,70m e 1,80m, permitindo-lhes colocar facilmente os pés no solo. Adicionalmente, a 500 XC oferece-nos uma postura confortável, de costas direitas, derivada do seu guiador mais elevado. Já o passageiro não tem tanta sorte, seja pela pega pouco eficaz seja pela estreiteza do assento.

Vincada nas competência off-road, a 500 XC oferece-nos uma posição em pé igualmente prática, na qual conseguimos total controlo sobre a moto.

Assinadas pela Kayaba, as suspensões instaladas na Crossfire 500 XC conferem um conforto adicional nos pisos mais irregulares, cortesia do maior curso que estas dispõem.

Mesmo em curva esta moto não nos deixa reticentes, com suspensões que se aguentam firmes sem muito bambolear. Ademais, a forquilha invertida é totalmente ajustável e o monoamortecedor traseiro pode ser regulável em pré-carga.


As jantes são raiadas e, naturalmente, a roda dianteira é a maior, com 19 polegadas, e a traseira com 17 polegadas. Como um incentivo adicional à busca de uma aventura fora de estrada, as rodas são calçadas com pneus de piso misto.

A travagem, por sua vez, é um outro ingrediente digno de nota na Crossfire 500 XC. Fornecida pela J.Juan, esta mostrou-se incansável com uma resposta imediata ao apertarmos ligeiramente a sua manete ajustável.

Todos os elementos ciclísticos referidos até este momento não fariam sentido sem o motor bicilíndrico paralelo. Constatamos a sua robustez desde que soltamos a manete da embraiagem, também ajustável e bastante leve, até ao seu limitador, sem hesitações, isento de engasgos ou batidas a seco.


Cerca de volta e meia à cambota é o que a Brixton Crossfire 500 XC necessita para pôr o motor frio a rodar sem acordar os vizinhos com o seu escape. O seu som cativa-nos quando enrolamos o punho e nos brinda com as suas notas graves.

O motor da 500 XC não se comporta mal nos baixos regimes, está sempre disposto a dar-nos tudo aquilo que pode, mas a sua praia é dos médios regimes para cima, até a barreira dos 47 cv se impor.

Adicionalmente, e de forma a garantir que a unidade motriz da Crossfire 500 XC consegue apanhar umas ondas quando está na sua praia, a caixa de velocidades curta encarrega-se de manter as rotações ideais para muita diversão.


Com um seletor de mudanças muito assertivo e um feedback bastante perceptível, destaca-se o carismático “clank” quando engrenamos a primeira velocidade e também na passagem para segunda. 

O farol com detalhes dos pontos cardeais e a assinatura da Brixton ao centro é envolvido por uma proteção e, acima deste, existe um pequeno defletor aerodinâmico. Tanto os faróis como os subtis piscas integram iluminação LED.

O depósito comprido de 13,5L tem as laterais moldadas em forma de “X” onde existem proteções para não estragar a pintura e dar aderência às nossas pernas. Para complementar o depósito longo, o assento também é plano e estreito mas a sua pouca espessura torna-o menos confortável.


Na eventualidade de deixar cair a 500 XC, a Brixton colocou as barras de proteção lateral de forma a garantir a integridade da moto, tal como proteções adicionais no radiador e uma pequena proteção do cárter para permitir maior à vontade nos trilhos.

É certo que não é uma moto off-road pura, mas enche-nos de satisfação quando a levamos por maus caminhos. No entanto, os curtos guarda-lamas da 500 XC não efetuam na totalidade o seu trabalho e na eventualidade de chuva chegamos a casa felizes, mas molhados e cheios de lama.

Esta é uma moto simples que não possui ajudas electrónicas em abundância, ficando-se pelo ABS. O painel de instrumentos LCD redondo e muito organizado, permite-nos observar branco no preto a quantidade de combustível, temperatura da água, horas, odómetro, conta rotações e velocímetro.

Em suma este teste da Brixton Crossfire 500 XC, convenceu-nos por se mostrar uma moto bastante equilibrada que promete agradar quem a conduz, seja pelo seu desempenho seja pelos seus consumos modestos na ordem dos 4 litros por 100 quilômetros.

A sua agilidade sobressai nos trajetos urbanos e em conjunto com o seu binário comporta-se como uma verdadeira citadina. Sem dúvida que não é tão prática como uma scooter, nem tão audaz como uma off-road, mas cumpre bem as suas promessas.

Portanto, por um preço recomendado de 7,799€ conseguimos ter um “pau para toda a obra” com o qual fazemos trajetos mais longos, tiradas por fora de estrada, circuitos citadinos ou simplesmente para repor os nossos níveis de energia com um bica ali na esplanada mais cobiçada da zona.

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Brixton Crossfire 500 XC | Moto | Motociclos A2

andardemoto.pt @ 17-1-2023 13:17:30


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