MotoGP Portugal - Vitória fantástica de Miguel Oliveira depois de exibição perfeita!
Miguel Oliveira realizou o seu sonho de vencer o Grande Prémio de Portugal de MotoGP. O Autódromo Internacional do Algarve foi o palco da última corrida do ano e o piloto português esteve imparável. Com uma exibição perfeita, o piloto de Almada esmagou a concorrência ao dominar todo o fim-de-semana, para vencer categoricamente o seu segundo GP na categoria rainha. Uma vitória histórica em solo nacional.
andardemoto.pt @ 22-11-2020 14:43:33
Piloto
português da Red Bull KTM Tech3 venceu de forma categórica a última corrida de
MotoGP da temporada 2020!
Miguel Oliveira dominou de início ao fim a corrida da categoria rainha no
Autódromo Internacional do Algarve, e assegurou a sua segunda vitória em
MotoGP. Grande exibição de Miguel Oliveira que não deu qualquer hipótese aos
seus rivais, obtendo uma vitória com vantagem de quase 4 segundos para Jack
Miller (Pramac Ducati) e Franco Morbidelli (Petronas Yamaha SRT).
O dia pelo qual tantos portugueses esperavam finalmente chegou! Tivemos, pela
primeira vez, um piloto português a vencer em MotoGP, e em solo nacional.
Miguel Oliveira voltou a inscrever o seu nome na lista de vencedores de MotoGP
e desta vez não teve de esperar pela última curva para saber que seria o
primeiro classificado em corrida.
Se nos treinos livres já tinha mostrado a sua rapidez, e depois na qualificação
confirmou com a primeira “pole position” da carreira em MotoGP, hoje, domingo
22 de novembro, Miguel Oliveira esteve absolutamente arrasador e intocável
desde o momento em que os semáforos se apagaram para dar início à última
corrida do ano, o Grande Prémio de Portugal.
Com um arranque perfeito, Miguel Oliveira manteve a sua posição de liderança
desde a primeira curva, e logo aí se percebeu que o piloto da Red Bull KTM Tech3
estava a caminho de uma exibição perfeita.
Miguel Oliveira realizou um conjunto de cerca de cinco voltas iniciais muito
rápidas, na casa do 1m39s, o que surpreendeu os seus mais diretos rivais,
nomeadamente Franco Morbidelli e Jack Miller. Com um ritmo avassalador e sem
cometer qualquer erro, a estratégia de arrancar para a corrida de MotoGP com
pneus duros em ambas as rodas mostrou-se acertada, e volta após volta, amealhou
uma vantagem que chegou a superar os quatro segundos.
Sem pressão direta dos perseguidores, Miguel Oliveira registou ainda a melhor
volta da corrida e novo recorde com 1m39.855s. Com uma consistência de tempos fantástica, o português chegou
aos momentos finais com uma vantagem que lhe permitiu depois gerir a diferença
para Morbidelli e Miller. Embora perdendo algumas décimas nas últimas três
voltas, ainda assim Miguel Oliveira cruzou a meta isolado e com quase quatro
segundos sobre o segundo classificado que acabou por ser Jack Miller.
"Sabia que tinha um bom ritmo de corrida, mas tal como afirmei perante todos no sábado, a corrida seria algo imprevisível na sua segunda metade quanto ao desgaste dos pneus. De forma surpreendente continuei a rodar no segundo 40.1 e 40.2 de forma fácil e sem correr muitos riscos, os pneus aguentaram-se muito bem. Nas derradeiras cinco voltas comecei a pensar em muitas coisas, por isso decidi perder um par de décimas de segundo e tentei apenas aproveitar o mais possível, nessa altura, para ser sincero, queria apenas terminar a corrida rapidamente. Acabei por liderar todas as voltas de corrida, foi uma boa experiência para mim, diverti-me imenso na moto e mesmo com alguma pressão sobre mim consegui lidar da melhor forma com a mesma e isso é o mais importante", referiu Miguel Oliveira no final de uma corrida perfeita e antes de viajar já na segunda feira para a sede da KTM na Áustria onde dará início à temporada 2021 de MotoGP com uma série de testes, inclusivamente em túnel de vento.
O australiano da Pramac Ducati esteve sempre na sombra de Morbidelli ao longo
de quase todas as 25 voltas, mas quando mais precisou, encontrou forças e forma
de passar pelo italiano da Petronas Yamaha SRT, subindo então ao degrau
intermédio do pódio, relegando Franco Morbidelli para a posição mais baixa do
pódio, o que ainda assim foi suficiente para assegurar o vice-campeonato.
No final da corrida de MotoGP do Grande Prémio de Portugal tanto Miller como
Morbidelli mostraram-se genuinamente surpreendidos pelo ritmo de Miguel Oliveira,
mostrando nas suas declarações que hoje o piloto da Red Bull KTM Tech3 estava
intocável e que eles nada puderam fazer para contrariar a exibição perfeita do
Miguel Oliveira.
Quanto ao campeão, Joan Mir (Ecstar Suzuki) terminou a temporada mais cedo do
que o previsto. Depois de arrancar de 20º e ter conseguido subir a 13º na
primeira volta, no início da segunda volta o recém coroado campeão de MotoGP
entrou demasiado depressa na curva 3 do circuito algarvio, tocou em Johann
Zarco (Esponsorama Avintia Ducati), foi obrigado a levantar a moto e acabou por
tocar ainda com força na lateral de Francesco Bagnaia (Pramac Ducati).
Bagnaia entrou de imediato nas boxes e abandonou a corrida queixando-se de
fortes dores no ombro direito, enquanto Joan Mir prosseguiu a corrida,
novamente descendo à 20ª posição. Infelizmente para o campeão de 2020 a sorte
não esteve do seu lado, e a meio da prova foi obrigado a abandonar com um
possível problema técnico na traseira da sua moto, talvez no pneu.
Com o título de pilotos já decidido a favor de Joan Mir e o título de equipas
para a Ecstar Suzuki, faltava apenas saber quem seria o campeão de
construtores. Essa honra ficou nas mãos da Ducati, que superou a Yamaha por
apenas 17 pontos, enquanto a Suzuki, que poderia ter conseguido um histórico “triplete”
de MotoGP, acaba na terceira posição da classificação dos construtores.
Quanto à classificação de pilotos com que fechamos este campeonato de MotoGP,
Joan Mir foi o melhor com 171 pontos, Franco Morbidelli com 158 pontos o
segundo classificado, e o “Top 3” fica completo com Alex Rins que somou 139
pontos.
Clique aqui para conhecer a classificação final de MotoGP
Já Miguel Oliveira, com esta segunda vitória em MotoGP que sublinhou um fim de semana de sonho em que obteve a "pole position", recorde do circuito e volta mais rápida em corrida, conseguiu subir a 9º na
classificação final, com 125 pontos na sua conta pessoal.
andardemoto.pt @ 22-11-2020 14:43:33
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