Especial - Dossier scooters 125 cc
As scooters estão na moda. A nova mobilidade, condicionada pelo risco de contágio inerente à utilização dos transportes públicos e pelo tele-trabalho, ou coworking, que torna a utilização do automóvel quase incompatível com o dia-a-dia dos habitantes das cidades, mudou os hábitos dos cidadãos.
andardemoto.pt @ 30-7-2020 10:40:00
Toda esta nova realidade conseguiu trazer à consciência de
todos o ridículo de longas horas passadas diariamente em filas de trânsito, o
desgaste psicológico e inerente custo do estacionamento e o desperdício
financeiro da aquisição de automóveis cuja utilização, na sua generalidade, é
sub-aproveitada com apenas um e raramente dois ou mais passageiros.
Manutenção, selo, inspeções, revisões e prestações de crédito, são custos que
na sua maioria apenas podem ser imputados à actividade laboral. Daí, as
scooters e as motos de 125 cc terem chegado à ribalta. Já era assim por toda a
Europa, e parece que é desta que os portugueses perceberam que há outras formas
mais interessantes de passar o tempo e gastar dinheiro.
Para esta edição de Junho de 2020 do suplemento mensal do Andar de Moto,
trazemos-lhe as mais recentes scooters por nós testadas para que, de acordo com
as suas necessidades e preferências possa, também, eleger o seu meio de
transporte do futuro.
Da scooter mais charmosa à mais económica, esta amostra do mercado pode
inspirá-lo a que, mesmo que tenha um grande “motão”, opte por um meio de
transporte mais prático, económico e, sobretudo, muito mais divertido, com um
custo que quase equivale ao da manutenção anual de uma moto de alta cilindrada,
ou de um automóvel, que assim podem ficar na garagem, prontos para as grandes
viagens.
Daelim XQ1 125 D
Preço – 3.495€
Potência – 12,9 cv
Peso – 185 kg
Uma maxi scooter 125 cc de linhas modernas e atraentes, que se posiciona como a
“topo de gama” da marca Coreana, apostando numa excelente relação
qualidade/preço. A XQ1 125 D – existe ainda uma variante F, com plataforma
plana – é a primeira proposta da Daelim a utilizar o motor Euro4.
É grande, espaçosa, com acabamentos cuidados e pormenores de estilo e
funcionalidade muito bem conseguidos. Desde a iluminação integral em LED,
passando pelo ABS Bosch, até ao sistema “keyless” (sem chave) da ignição, a XQ1 125
D apresenta soluções técnicas inovadoras a par com uma performance digna de
relevo.
A proteção aerodinâmica é muito boa, e o motor potente permite rodar em estradas
mais abertas a 110 km/h sem dificuldade. Para além disto, esta Daelim é
bastante confortável, o que permite alguns passeios.
Leia também - Teste Daelim XQ1 125 D: Grand Tourer urbana
Honda Forza 125
Preço – 5.075€
Potência – 15 cv
Peso – 159 kg
Uma das melhores propostas 125 cc. A Honda Forza 125 é uma scooter “GT” com
muitos argumentos que a tornam numa opção extremamente polivalente. O seu motor
monocilíndrico atinge o máximo permitido para as 125 cc (15 cv).
Quando essa potência se combina com um chassis muito eficiente e equilibrado, e
um peso que a cheio não passa dos 159 kg, temos uma Forza 125 que é rápida,
ágil, estável, e mesmo assim bastante económica.
O preço que a Honda pede pela Forza também é elevado, tal como a sua qualidade
de construção. Conta com ignição “keyless”, travagem com ABS, e debaixo do
assento cabem facilmente dois capacetes integrais e ainda mais qualquer coisa.
Para além de se movimentar com ligeireza por entre os automóveis na cidade, a
Forza oferece também muita proteção aerodinâmica.
Leia também - Teste Honda Forza 125: Luxuosa e requintada
Honda PCX 125
Preço – 3.125€
Potência – 12,4 cv
Peso – 130 kg
É a rainha das vendas em Portugal. Chegou como uma “bomba” em 2010, e nesta
última década a PCX 125 tornou-se num verdadeiro sucesso para a Honda. Uma
fórmula de sucesso que tem vindo a ser apurada ao longo do tempo, com a marca
japonesa a conseguir encontrar forma de manter a PCX no topo do segmento.
A geração mais recente desta “super vendas” japonesa recebeu um quadro duplex,
que permite à PCX aguentar um ritmo dinâmico mais vivo. O grande destaque nesta
proposta da Honda é o seu motor monocilíndrico. Conta com o sistema “Start &
Stop”, um excelente aliado numa condução citadina.
Mas fora da cidade o motor com mais de 12 cv mostra-se bastante eficiente e com
excelente resposta, mesmo em estradas mais abertas. É uma excelente opção para
quem se queira iniciar no motociclismo.
Leia também - Teste Honda PCX 125: De parar o trânsito!
Keeway Vieste 125
Preço – 2.390€
Potência – 10,5 cv
Peso – 134 kg
A Vieste 125 é uma das boas novidades de 2020. Impressiona pela simplicidade de
funcionamento, boa qualidade de construção, e uma imagem que aposta claramente
num cariz mais desportivo. Com um PVP muito competitivo, a Vieste 125 torna-se
numa das melhores propostas que a Keeway tem no mercado nacional.
O motor Euro4 é menos espevitado do que algumas rivais do segmento, mas por
outro lado é extremamente económico e bastante suave. Apesar do preço reduzido,
a Vieste não deixa de contar com alguns “luxos” como por exemplo o sistema de
ignição “keyless”. O comportamento dinâmico é interessante, seja em cidade ou
fora dela. Com muitos argumentos que a tornam numa proposta relevante para os
motociclistas portugueses, a maior força da Keeway Vieste 125 é a sua
simplicidade.
Leia também - Teste Keeway Vieste 125: O segredo está na simplicidade
Peugeot Django 125
Preço – 2.999€
Potência – 10,1 cv
Peso – 129 kg
A Peugeot Django 125 não passa despercebida. Uma proposta francesa de estilo
retro muito interessante e que destaca o lado “chic” da mobilidade urbana. Num
mundo em que o revivalismo parece estar na moda, a Peugeot Django revela-se uma
opção que encaixa como uma luva nos motociclistas que procuram um meio de
transporte que se destaque de tudo o que há na estrada dentro do segmento das
scooters 125 cc urbanas.
A qualidade de construção é bastante boa, os acabamentos estão bem conseguidos,
o motor, apesar de algo molengão na subida de rotações, revela-se suficiente
para uma utilização urbana, sem penalizar os consumos, que pouco passam dos 3
litros de média aos 100 quilómetros, enquanto a ciclística permite uma
condução despreocupada.
Leia também - Teste Peugeot Django 125: Retro "Chic"
Peugeot Pulsion 125 Allure
Preço – 4.899€
Potência – 14,4 cv
Peso – 176 kg
A marca do leão aposta forte na gama “premium”. A Pulsion 125 Allure oferece um
comportamento de verdadeira GT, com muita tecnologia que nos permite estar sempre
conectados.
A marca francesa foi buscar inspiração ao sistema i-Cockpit que encontramos nos
Peugeot 308 ou 5008, e estreia o painel de instrumentos i-Connect. Isto
significa que a Pulsion conta com um ecrã TFT, a cores, de dimensões generosas
e que permite por isso uma leitura muito fácil de todas as informações, e
conectar a scooter ao nosso smartphone.
Uma funcionalidade particularmente útil para visualizar as informações de GPS.
O comportamento do conjunto é estável e equilibrado, a travagem com ABS
revela-se potente e progressiva, a qualidade dos materiais é elevada. O preço
condiz com a qualidade da Pulsion 125 Allure.
Leia também - Teste Peugeot Pulsion 125 Allure: A GT urbana e conectada
Piaggio Medley 125
Preço – 2.990€
Potência – 12,1 cv
Peso – 132 kg
Simplicidade e eficácia são as características que definem esta scooter moderna
e polivalente. Apesar de aqui no seu Andar de Moto publicarmos os teste aos
modelos mais atuais, a Medley 125 que testámos ainda é a versão 2019.
Para 2020, a marca italiana apresentou uma nova Medley, versão que em breve
iremos testar. Esta nova versão da scooter de roda alta apresenta-se ao serviço
com um motor mais potente (15 cv), iluminação totalmente em LED, ligação ao
smartphone através da app MIA (de série na variante S), um pneu traseiro 120/70
R14 para maior aderência à estrada, um design desportivo, novas jantes, um
assento mais ergonómico e, no caso da Medley 125 S, novos discos de travão
recortados.
Com espaço para dois capacetes debaixo do assento, a Piaggio Medley 125 é uma
opção a ter em conta.
Leia também - Teste Piaggio Medley 125: Mobilidade fácil
SYM Jet14 125 ABS
Preço – 2.699€
Potência – 11,3 cv
Peso – 128 kg
Desenhada para bater de forma inapelável o trânsito nas nossas cidades, a Jet14
foi alvo de algumas remodelações por parte da SYM. O motor desta geração mais
recente passa a ser refrigerado por líquido, mas a principal novidade nesta
scooter desportiva é que conta agora com travagem de discos e com ABS para
segurança extra.
De facto, a melhoria no sistema de travagem é bastante notória quando comparada
com a versão sem ABS. A Jet14, com o “14” do nome a derivar da utilização de
jantes nessa medida, sempre se revelou ágil, leve nas trocas de direção, e
bastante reativa aos impulsos na direção.
As linhas modernas e agressivas não escondem as intenções desta SYM Jet14, que vem
acompanhada de uma garantia de fábrica de cinco anos, ou 100.000 km.
Leia também - Teste SYM Jet14 125 ABS: Agora mais segura!
SYM Joymax Z 125
Preço – 3.899€
Potência – 14,3 cv
Peso – 171 kg
A marca de Taiwan aposta forte no segmento das scooters GT de cariz urbano. A
Joymax Z nas versão 125 cc (também disponível em 300 cc) impõe respeito,
oferecendo prestações, funcionalidade, e uma excelente relação preço vs
qualidade.
Esta compacta GT tem o estilo, tem a qualidade de materiais, bom equipamento,
espaço para transporte de objetos, o motor monocilíndrico apresenta-se em bom
plano – e sem gastar muita gasolina! -, e dinâmicamente a Joymax Z não se
intimida perante adversárias de renome.
É equilibrada e mantém a compustura quando adotamos uma condução mais
desportiva. A juntar ao preço que a posiciona num patamar interessante perante
rivais diretas, a Joymaz Z 125 apresenta ainda uma mais-valia: 5 anos de
garantia ou 100.000 km!
Leia também - Teste SYM Joymax Z 125/300: Uma dupla de respeito
UM Chill 125
Preço – 1.880€
Potência – 8,1 cv
Peso – 90 kg
A Chill é a única scooter que a marca americana UM disponibiliza. Esta scooter
125 cc mostra-nos o lado “chill” da vida. A United Motorcycles (UM) é uma marca
americana fundada no início dos anos 2000 pela família Villegas.
O patriarca da família, Octavio Villegas Llano, tinha como objetivo criar
veículos que pudessem ser usados pela população com menos posses. E a Chill 125
é um bom exemplo dessa filosofia. É uma proposta puramente urbana, pois o seu
motor sente-se com pouco pulmão em estradas mais abertas.
Com um consumo médio contido, facilmente a Chill 125 passará uma semana sem ter
de ir ao posto de abastecimento, o que a torna bastante económica. Com um
assento mas confortável, a UM Chill 125 tem um design clássico a relembrar uma
das scooters italianas mais icónicas de todos os tempos.
Leia também - Teste UM Chill 125: O lado "chill" da vida
Vespa GTS Supertech 125
Preço – 5.930€
Potência – 12,2 cv
Peso – n.d.
A GTS Supertech 125 é a primeira “Large Body” da marca
italiana de Pontedera a estar equipada com um painel de instrumentos digital em
TFT, mas sem perder o aspeto nostálgico da primeira Vespa desenhada por
Corradino D’Ascanio.
É uma scooter charmosa que se sente extremamente à vontade em ambiente
urbano, sendo muito fácil de manobrar e muito ágil no meio do trânsito. A sua
condução é suave e inspira muita confiança, pelo que se revela adequada para os
condutores menos experientes.
A Vespa GTS Supertech 125 distingue-se das demais pelas jantes pintadas a negro
mate, e pela mola da suspensão dianteira pintada de amarelo, que combina com o
pesponto do assento exclusivo na mesma cor. Além disso, vem equipada com um
ecrã TFT a cores de 4,3 polegadas, assistido pela plataforma multimédia MIA.
Leia também - Teste Vespa GTS Supertech 125: Sabor italiano
Vespa Sprint 125 Sport
Preço – 5.006€
Potência – 10,7 cv
Peso – 121 kg
A Vespa é um daqueles nomes que atravessa várias gerações. É um ícone do mundo
das duas rodas. E depois de andar na Sprint 125 Sport é impossível não ficar fã.
É uma excelente opção para enfrentar os desafios urbanos. Fora da cidade
revela-se competente, sem deslumbrar. Mas também não foi criada a pensar em
estradas de montanha.
Mais leve e ágil do que uma GTS, e com mais estilo do que uma Primavera, a
Sprint 125 Sport é uma excelente combinação. Uma Vespa é mais do que apenas um
meio de transporte. É uma forma de chegar ao destino com estilo. É um estilo de
vida. É uma paixão para muitos. Um modelo histórico da icónica Vespa que se
conseguiu adaptar às exigências mais modernas da mobilidade urbana.
A Sprint
Sport 125 é uma scooter com um estilo inconfundível e extremamente eficaz.
Leia também - Teste Vespa Sprint 125 Sport: Sprint de nome, ágil por natureza
Ecooter E1R
Preço – 3.990€
Potência – 5,5 cv
Peso – 82 kg
Existem cada vez mais propostas elétricas de duas rodas. Mas nem todas
conseguem ser efetivamente soluções para o motociclista comum. A scooter
elétrica Ecooter E1R é uma proposta bem tentadora e com soluções inteligentes.
A E1R, através da solução de bateria removível, responde à questão do problema
de onde carregar a bateria. Fantástico! E é um sistema simples de usar. Todas
as motos elétricas urbanas deviam ter este sistema. Com uma dinâmica
interessante e neutra, a E1R mexe-se muito bem por entre os espaços apertados
no meio do trânsito.
É verdade que o compacto motor elétrico de 4 kW não tem o fôlego para percorrer
os percursos abertos, mas em cidade é mais do que suficiente. O PVP de 3.990€
pode baixar significativamente utilizando as deduções do IVA e incentivos
governamentais.
Leia também - Teste Ecooter E1R: A solução inteligente para a mobilidade urbana
Scooters de três rodas: Vida a três
Os
fabricantes de motos perceberam que adicionando mais uma roda ao eixo dianteiro
poderiam convencer mais pessoas a entrar neste mundo. As scooters de três rodas
são propostas bem interessantes e que ganham relevância para uma grande fatia
de utilizadores se tivermos em conta que podem ser conduzidas por quem apenas
tem carta de condução B (automóvel).
Apesar de continuarem sujeitos às leis da gravidade, estes veículos de 3 rodas
proporcionam uma maior confiança, sobretudo em pisos escorregadios ou pouco
firmes, diminuindo substancialmente o risco de queda em manobras, oferecendo
ainda uma maior capacidade de travagem, avaliada em cerca de 30% menos espaço
necessário para uma completa imobilização.
A sua condução é muito semelhante à de uma scooter convencional, dependente do
efeito giroscópico das rodas para manter uma verticalidade estável. No entanto,
a baixa velocidade, o seu peso está mais bem distribuído e torna-se mais fácil
manter o conjunto perpendicular ao solo.
A direção nota-se mais lenta que a de uma moto normal, mas não cobra dividentos
em termos de sensações nem de manobra, e a principal diferença, em termos de
condução, resulta numa maior estabilidade e melhor aderência que conferem confiança
em curva, e uma maior capacidade de travagem.
Piaggio MP3 300 HPE
Preço – 7.323€
Potência – 26,2 cv
Peso – n.d.
Não é uma moto, nem é um carro. Talvez o cruzamento entre os dois… Mas não é
por isso que deixa de ser divertida de conduzir como uma moto, e de passar onde
os carros nem imaginam. O facto de ter 3 rodas afasta esta Piaggio MP3 300 HPE
da preferência dos motociclistas mas, apesar dos seus 300cc (e tal como as suas
irmãs de 500 cc) a MP3 pode ser conduzida com carta B (a de carro), sem
qualquer limitação.
A Piaggio define a MP3 como uma scooter “GT”, pelo que a dotou de uma excelente
protecção aerodinâmica e um bom sistema de Iluminação, integralmente em LED e
que até inclui DRL (LED de alto brilho para circulação diurna).
Peca pelo pouco espaço para transporte de objetos. Mas compensa com um
comportamento dinâmico que inspira confiança e segurança, mesmo aos menos
experientes.
Leia também - Teste Piaggio MP3 300 HPE: Uma roda a mais? Ou uma roda a menos?
Piaggio MP3 500 HPE Sport Advanced
Preço – 11.009€
Potência – 44,2 cv
Peso – 275 kg
Se não tem carta de moto, necessita mais mobilidade, mas não quer estar
limitado pela pouca potência de uma moto de 125cc, então esta é uma solução. A
Piaggio MP3 500 HPE Sport Advanced é sem dúvida um excelente meio de
transporte.
Divertida de conduzir, fácil de manobrar, inspiradora de confiança, e com umas
prestações dinâmicas fora do alcance de qualquer scooter de 125cc, configura-se
numa excelente opção para quem tem carta de condução das categorias B, e
precisa de se deslocar com rapidez sem ter que ir tirar carta de condução de
moto.
O motor potente será do agrado dos condutores mais “desportivos”, enquanto a
segurança e confiança proporcionada pelas duas rodas dianteiras serão vitais
para dar confiança aos menos experientes. De referir que esta três rodas tem
marcha-atrás.
Leia também - Teste Piaggio MP3 500 HPE Sport Advanced: Em todos os sentidos
andardemoto.pt @ 30-7-2020 10:40:00
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