TESTE - Voge SR3: Grandes para quê?

A Voge lançou uma scooter de 250cc que consegue ombrear com a concorrência de 300cc, graças a uma relação peso/potência favorável e um tamanho contido. Fomos conhecê-la!

andardemoto.pt @ 27-5-2025 07:20:00

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Voge SR3 | Scooter | Scooters

Ainda na última década do milénio passado, a marca gaulesa Renault apresentou uma publicidade para promover o Renault Clio, que exacerbava as vantagens dos automóveis mais pequenos face aos maiores. Uma analogia com a Voge SR3 faz todo o sentido perante a sua irmã mais crescida, a Voge SR4.

Para confirmar esta perceção e perceber melhor se é mesmo assim, estivemos em Espanha, onde decorreu a apresentação da nova Voge SR3, uma scooter de média cilindrada, silhueta GT, com elevado poder de sedução e uma cilindrada de 250cc.

Fica a meio caminho entre a popular e acessível Voge SR1, que pertence à classe das 125 de perfil GT para uso mais urbano, e a Voge SR4, de 350 cc. Os ares de família são omnipresentes em comparação com a sua irmã maior, mas o facto de pesar apenas 165 kg em ordem de marcha, para 25,5 cv às 8000 rpm, garantem-lhe uma agilidade inesperada, quase parecendo uma 125 na leveza, mas com quase o dobro da potência, mais parecendo uma 300 cc.

Há alguns anos a cilindrada de 250 cc foi bastante popular nas scooters, mas assistiu-se a uma tendência para subir para 300 cc ou mesmo 350 cc. A Voge fez agora o caminho inverso e ao lançar uma 250 cc que consegue ombrear com a concorrência de 300 cc, graças a uma relação peso potência favorável e um tamanho contido.

Ciclística apurada

Podemos contar com uma forquilha dianteira de bainhas com 35 mm de diâmetro e um duplo amortecedor traseiro com regulação em pré-carga. Sistema de travagem ABS de duplo canal e discos de 260 mm e 240 mm, respetivamente na frente e atrás.

As suspensões dão o seu melhor para garantir um bom nível de conforto, mesmo em piso mais irregular, mas acabam sempre por transmitir algumas vibrações, sobretudo em lombas ou pequenas irregularidades, mas sem nunca comprometer o equilíbrio do conjunto.



O sistema de travagem chega e sobra para parar o conjunto com segurança, embora seja um pouco brusco, sobretudo na traseira. Um sistema de travagem combinada poderia ser uma mais-valia importante, em termos de conforto e de segurança.

O quadro tubular em aço, com motor oscilante, é exatamente o mesmo da sua irmã mais velha e garante um bom comportamento na selva urbana e fora dela.

Aliás a ciclística é elemento crucial para que se conduza com imensa facilidade no meio do caos urbano e quando deixamos a cidade continua a seduzir-nos pela forma harmoniosa e divertida, com um toque de desportividade, a que não é alheia a resposta enérgica do pequeno motor, sobretudo nos médios regimes.

Também as jantes de 14 e 13 polegadas, uma distância entre eixos de 1.525 mm e um assento com uma altura de 770 mm, ajudam à estabilidade e acessibilidade, transmitindo muita confiança.

O motor é uma surpresa

A unidade motriz, desenvolvida internamente, tem refrigeração líquida, uma árvore de cames e multiválvulas, com 244 cc, e revela-se uma agradável surpresa. Sobe rapidamente de rotação, com um baixo nível de vibrações e ter o binário máximo, 23 Nm, logo às 5500 rpm, é garantia de um bom desempenho.

Naturalmente que a velocidades mais elevadas ou com passageiro e carga, nota-se que o pequeno motor começa a ter mais dificuldade em progredir, mas nunca se sente que é submotorizado, se tivermos em linha de conta a sua cilindrada e mesmo em autoestrada não desilude, embora não seja esse o seu ambiente natural.


Também os consumos são uma agradável surpresa e com um depósito de 14 litros é possível percorrer 400 km entre reabastecimentos, o que é bastante interessante e permite longas tiradas sem se ter que preocupar com o combustível. 

Muita tecnologia e equipamento


A Voge SR3 vem equipada com um quadrante digital do tipo TFT, com 7 polegadas e muita informação, incluindo dois modos de visualização distintos, um mais clássico e outro mais desportivo.

A informação no quadrante é abundante e fácil de visualizar, exceto com o sol nas costas. Possui ainda conetividade de série e possibilidade de navegação turn by turn. Continua a faltar a Língua de Camões.

Em termos de ergonomia é a habitual na marca: todos os comandos são facilmente acessíveis e intuitivos e a sua colocação não deixa dúvidas, além de que são retroiluminados, algo que devia ser obrigatório em todas as motos.

A iluminação tem sido uma daquelas áreas em que a evolução mais se tem sentido. Melhora substancialmente o conforto e a segurança e mesmo em termos estéticos acaba por desempenhar um importante papel, mais ainda quando é Full LED, como nesta scooter.

De entre o vasto equipamento de série há ainda a destacar, por exemplo, os punhos aquecidos, a câmara dianteira HD, o alerta de travagem de emergência ESS ou o arranque sem chave. Posição de condução relaxada e confortável

A posição de condução é a que se pode esperar de uma scooter GT. Muito espaço para todo o corpo, sendo que as pernas podem ser colocadas em duas posições distintas, adequando-se ao gosto e estatura do condutor. Também o passageiro é mimado e sente-se confortável.

Vem equipada, de série, com um pára-brisas regulável manualmente (pode ser regulado em andamento), suporte lombar no confortável assento (perfeito para tiradas maiores) e um suporte para a topcase, que serve também para o passageiro apoiar as mãos.


A qualidade de construção é bastante elevada, aproximando-se da SR4, e mesmo os acabamentos são de muito bom nível, incluindo na junção dos diferentes painéis e da qualidade percecionada.Ou seja, tudo elementos que mimam o condutor e passageiro e nos convidam a desfrutar desta scooter que vai fazer mossa na concorrência, dados os seus atributos e preço contido. Já à venda em Portugal, com um preço de 3992 euros

A Voge SR3 já está disponível no nosso país, com um preço atrativo de 3.992 euros, mais despesas, ficando ao nível de preço de algumas 125 GT da concorrência.

Pode ser adquirida em apenas dois esquemas cromáticos: cinzento antracite e prata. Fica a faltar uma opção mais alegre, para combater o cinzentismo dominante no nosso parque de motociclos.

A tudo isto acresce uma larga rede de concessões da marca no nosso país, incluindo Açores e Madeira e uma garantia de 5 anos, reforçando a dúvida existencial de “Grandes para quê?”

Clique para ver a rede de concessionários da VOGE em Portugal.


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