Mundial de SBK 2025 – Cremona: Bulega domina em casa

Bulega jogou em casa, e ganhou! Não sem surpresa. Afinal de contas, desde os primeiros dias da semana que Nicolo Bulega vinha avisando que Cremona era um circuito que não condizia com o seu estilo de pilotagem e que ficaria surpreendido se tivesse algum tipo de domínio ao longo do fim de semana...

Imagine-se, pois, a sensação geral, quando logo no primeiro dia de ação em pista o italiano das Ducati oficiais terminou na frente de todos, apesar de uma pista suja e ‘escaldante’ devido à elevada temperatura (quase 50 graus no asfalto!).

No dia seguinte, na qualificação, Bulega que vinha de duas desistências em Assen (sensor de posição da cambota) não deixou margem para dúvidas: ‘pole-position’ (a segunda da temporada) com novo recorde para a pista cremonesa na categoria. Sam Lowes confirmava o bom andamento revelado nos Países Baixos, com a segunda melhor marca da Superpole, e Toprak Razgatioglu fechava a primeira fila.

Depois de três quedas na sexta feira, Bautista quedava-se pela primeira posição da segunda linha, acompanhado por Xavi Vierge (começava cedo a dar indicações de um bom fim de semana para a Honda) e Andrea Iannone. Quatro Ducati nas seis primeiras posições.No ano passado a marca italiana dominou por inteiro.

Beneficiou da ausência de Toprak (a recuperar do acidente que sofrera em Magny Cours), preencheu todos os lugares do(s) pódio(s) (à excepção de um) e Danilo Petrucci conseguiu um inusitado ‘hat-trick’ não permitindo veleidades a ninguém... nem a Bulega.
Um, dois, três...
A corrida 1, na tarde de sábado, mostrou que Bulega estava dominador, mas que Toprak podia dar-lhe réplica durante... algumas voltas. O turco da BMW retardou o mais possível a fuga do seu rival italiano,conseguindo, com algumas ultrapassagens musculadas, manter o italiano em respeito.
 Mas depois regressam as dificuldades de tração com o desgaste dos pneus à medida que as voltas passam, e o Campeão do Mundo em título acaba por ficar sem argumentos. Bautista, correndo em ‘terra de ninguém’,acabou em terceiro. Iannone foi o melhor dos independentes, após má partida de Sam Lowes, Vierge levou a Honda a P5, depois de Iker ter caído quando seguia em P4... o que seria o melhor resultado da Honda este ano.
Tarde difícil para a Yamaha, com Gardner, em sexto, a ser o melhor, após queda de Andrea Locatelli – que vinha de vitória na Corrida 2 de Assen.Jonathan Rae, após 10 semanas de convalescência após a queda de Phillip Island, onde fraturou o pé esquerdo, regressou ainda longe do seu melhor.
Nem podia ser doutra forma. Foi P19. Na corrida de Superpole, na manhã de um domingo mais fresco que os dias anteriores, podia esperar-se, dado esse fato e a menor distância, que a réplica de Toprak a Bulega pudesse valer um duelo pela vitória. Mas não. Nem por sombras. E a classificação da véspera repetiu-se entre os três da frente. Lowes foi quarto e Vierge repetiu o quinto lugar.

Para a corrida 2, já restavam poucas dúvidas. A certeza de que Nicolo Bulega caminharia para a terceira vitória do fim de semana (o que acontece pela segunda vez este ano), secundado por Razgatioglu, de novo a mais de um segundo... quase dois.
Bautista obteve o seu terceiro lugar habitual, e na luta ‘dos outros’ Petrucci voltou a pôs as coisas no seu lugar, terminando em P4, à frente de S. Lowes, Lecuona (caíra de novo na SPR), Vierge e Locatelli. Rea, apenas P18.
No campeonato, após quatro jornadas, Nicolo Bulega e a Ducati dominam e aumentam a vantagem sobre os demais, quando para a próxima corrida, em Most, a 16, 17 e 18 de maio, deverá haver nova alteração na regra do débito de combustível para um – eventual – reequilíbrio das forças.
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