Honda CBR600RR 2013

A jóia da coroa da Honda, no segmento Supersport, foi actualizada, com novo estilo e aerodinâmica de inspiração MotoGP, Forquilha Showa "Big Piston" de 41 mm, amortecedor traseiro revisto, jantes de 12 raios e novos mapas de injecção e de controlo de admissão de ar.

andardemoto.pt @ 23-11-2012 16:37:45

Quando foi lançada em 2003, a Honda CBR600RR representou um enorme passo em frente na classe Supersport de 600 cm³. Graças aos ensinamentos recolhidos da moto que participou no campeonato de MotoGP desse ano, a RC211V, a CBR600RR redefiniu os parâmetros de performance das motos de estrada, com o seu motor flexível, de elevada rotação e maneabilidade, vencendo o Campeonato do Mundo de Supersport por seis anos consecutivos. Em 2010, a Honda tornou-se o fornecedor oficial de motores para a ultracompetitiva classe Moto2, baseados no motor da CBR600RR, um testemunho do potencial e da fiabilidade deste motor.

A suspensão dianteira da CBR600RR foi identificada como sendo a principal área onde encontrar melhores níveis de maneabilidade. Deste modo, o amortecimento para a nova CBR600RR foi melhorado, tendo sido adoptada uma forquilha invertida Showa "Big Piston" com bainhas rígidas de 41 mm de diâmetro. Em comparação com a anterior forquilha, o resultado do maior diâmetro dos pistões melhora 3,5 vezes, pelo que a mesma quantidade de força de amortecimento gera um terço da pressão. Isto assegura a obtenção de uma força de amortecimento sólida sem atrasos logo desde a fase inicial, resultando numa maior suavidade, condução mais confortável e maior estabilidade nas travagens fortes.

As características transitórias da força de amortecimento também foram melhoradas, tornando a condução em estradas normais mais confortável e, quando se leva a moto aos limites em pista, sente-se uma melhor aderência na travagem. A afinação da extensão e da compressão está agora mais fácil através da consolidação de ambas as funções na parte superior da forquilha dianteira.

O amortecedor da suspensão traseira Pro-Link da CBR600RR não possui apoio superior no quadro, um sistema exclusivo da Honda. O amortecedor está apoiado na parte superior do braço oscilante e na biela inferior, funcionando de forma independente do movimento do braço oscilante. Isto permite estabilizar o comportamento nas curvas apertadas e fornece uma tracção e capacidade de curvar, soberba, para além de melhorar a absorção dos ressaltos, com um amortecimento muito mais consistente.

O desenvolvimento continuado do sistema Pro-Link – aperfeiçoamento das superfícies sujeitas à pressão e optimização da rigidez das válvulas – melhorou a performance a baixa velocidade e proporciona um maior feedback na fase inicial do funcionamento, oferecendo melhores níveis de estabilidade e controlo.

As duas jantes em alumínio fundido apresentam 12 raios, o que, em combinação com a melhor aderência à estrada oferecida pela forquilha Showa "BigPiston",  oferece ao condutor uma maior sensação de controlo, com maior sensibilidade e feedback da aderência do pneu dianteiro.

Os travões da CBR600RR empregam o sistema de duplo disco de 310 mm com pinças de quatro pistões opostos de montagem radial, com pinça de um pistão e disco de 220 mm de baixo peso na traseira, oferecendo uma travagem potente e eficaz, com um controlo linear, enquanto a montagem radial das pinças  asseguram uma maior rigidez e pressão mais uniforme.

A direcção da CBR600RR está equipada com um amortecedor HESD (Honda Electronic Steering Damper - Amortecedor Electrónico de Direcção Honda), com a ECU a manter constantemente a força óptima do amortecimento. A velocidade e a abertura do acelerador são detectadas por sensores, que transmitem os dados à ECU; a baixa velocidade, a ECU abre totalmente a válvula principal no interior do amortecedor para reduzir o amortecimento e tornar o guiador mais leve. Com a moto a alta velocidade ou aceleração, a ECU fecha a válvula principal, aumentando o amortecimento, controlando as interferências da superfície da estrada.

O conjunto aerodinâmico deste modelo tem por base a RC212V. O resultado reflecte-se em menos 6,5% de arrastamento do que o modelo anterior, em posição normal de condução e menos 5% com inclinação.

A CBR60RR vai estar disponível em três esquemas cromáticos:

Tricolor (vermelho, branco e azul)

Vermelho

Cor Repsol

O motor da CBR600RR é compacto, com uma unidade de599 cm³, quatro cilindros em linha, 16 válvulas DOHC e refrigeração por líquido a contribuir para uma melhor maneabilidade da moto, produzindo 88,1 kW (120 cv) às 13.500 rpm e 66 Nm de binário às 11.250 rpm.

Os novos mapas da ECU actualizam o sistema PGM-DSFI (Programmed Dual Sequential Fuel Injection System - Sistema Duplo de Injecção Programada de Combustível) para optimizar as características de potência e binário. O sistema PGM-DSFI também controla o grande volume de ar admitido pela conduta DAIS, bem como o combustível que é injectado no motor, fornecendo sempre a mistura óptima em toda a faixa de rotação.

A ECU tem um mapa destinado a proporcionar a melhor combustão nas gamas normais de rotação. Cada cilindro tem dois injectores; até um determinado nível de rotação, só funciona o injector inferior, mas quando o acelerador abre mais de 25% e a rotação do motor ultrapassa as 4.800 rpm, o injector superior entra em funcionamento. Isto resulta numa combustão mais eficaz e respostas mais precisas do acelerador.

A válvula IACV (Intake Air Control Valve - Válvula de Controlo do Ar da Admissão) parte do acelerador tendo, também, novo mapa de controlo. Originalmente concebida para estabilizar a rotação ao ralenti e para melhorar as características de arranque do motor, a sua função foi alargada ao resto da faixa de rotação. A abertura da válvula IACV é controlada com precisão, de acordo com a rotação e optimiza os volumes de admissão do ar. Por outro lado, também melhora as relações de combustão em alta rotação e baixa carga. Resultando numa combustão estável em desaceleração ou nas recuperações.

O efeito combinado da programação da ECU, juntamente com o sistema de injecção de ar e os duplos catalisadores de grande capacidade, permite obter bons desempenhos em termos ambientais.

Outras características e benefícios do sistema incluem um travão traseiro de funcionamento regulado quando accionado pelo pedal, uma activação natural do ABS, que detecta a pressão aplicada nos travões, o que se traduz num controlo de precisão muito maior sobre a força de travagem, e uma manete de travão com sensibilidade  e respostas naturais ao sistema "brake-by-wire" (travagem electrónica).

Este modelo tem ainda disponível como opção um sistema ABS Electrónico Combinado, desenvolvido pela Honda.

andardemoto.pt @ 23-11-2012 16:37:45


Clique aqui para ver mais sobre: MotoNews