Teste Royal Enfield Guerrilla 450 - Jovem para sempre

Recentemente tivemos em mãos a nova naked da Royal Enfield, a Guerrilla 450, um modelo que utiliza a motorização, o quadro e o pacote eletrónico da também nova Himalayan 450.
Revelando-se uma lufada de ar fresco na gama da marca, seguindo a fórmula estreada em 2022 com a Scram 411, esta Guerrilla 450 pisca o olho aos recém encartados e até mesmo àqueles motociclistas em crise da meia idade.

E contra mim falo porque também estou nesse segmento etário e, assim que vi este novo modelo da Royal Enfield, senti-me rejuvenescido graças ao seu aspeto jovial e apelativo, com cores e grafismos alegres e modernos, algo que facilmente faz com que alguém na minha idade recorde imediatamente a bem conhecida música Forever Young dos Alphaville, graças à sua simplicidade e ao prazer de condução que proporciona.

Conhecendo bem o motor que equipa a Guerilla 450, pois recentemente tive oportunidade de fazer uma viagem a Espanha na nova Himalayan 450, totalizando mais de 2000 quilômetros, já não me sentei nela às escuras, mas mantinha o interesse em perceber as alterações ciclísticas, nomeadamente os novos tamanho e largura da roda da frente, que conta com uma jante de 17” polegadas. 

Como já referido esta nova unidade está equipada com o novo motor Sherpa 450, um monocilíndrico refrigerado por líquido capaz de debitar 40 cv de potência, equipado com uma caixa de seis velocidades, bem escalonadas e de fácil engrenagem, e que pode atingir a velocidade máxima de 160 Km/h, tendo-se revelado muito mais alegre na subida de rotação do que o seu antecessor.

O seu depósito de 11 litros é mais do que suficiente para uma utilização urbana, pois o seu consumo é bastante moderado, o que faz dela uma boa companheira para as deslocações casa/trabalho, sem hipotecar a possibilidade de viver momentos de aventura e irreverência.

Os generosos pneus mistos com que está equipada são bem convidativos a umas incursões fora de estrada e nem eu resisti a lhe ir sujar os sapatinhos.

Não sendo uma máquina específica para offroad, não se negou a enfrentar alguns desafios e deixou uma agradavel sensação de confiança graças ao seu baixo centro de gravidade.

No asfalto a Guerrilla 450 revelou-se muito agradável de conduzir, destacando.se pela boa estabilidade a alta velocidade, pela fácil inserção em curva, pella travagem assertiva e pelo conforto que a sua suspensão proporciona, apesar da sua afinação mais desportiva.

O assento de duas alturas, que posiciona o condutor bem no centro do conjunto e com amplo espaço para ambos os ocupantes é um dos fatores ergonómicos que permitem diferentes estilos de condução, seja numa atitude descontraída ou numa mais empenhada e até mesmo em pé. O amplo guiador, razoavelmente elevado e a altura do assento ao solo relativamente baixa, tornam as manobras extremamente fáceis.

A tecnologia integrada disponibiliza um ecrã TFT redondo que, através de um joystickpresente junto ao punho esquerdo, permite aceder facilmente aos diversos instrumentos, incluindo navegação ponto a ponto, e escolher os modos de entrega de potência disponíveis: Performance e Eco, que tratam de alterar a resposta do acelerador eletrónico.

Toda a iluminação já se apresenta com tecnologia led, com bastante visibilidade, deixando de ter a luz de presença central e individual, passando-a para os piscas, seguindo as tendências atuais.

Com estes seus predicados, a Guerilla 450 configura-se uma boa opção para uma utilização sobretudo urbana, para quem gosta de uma mota polivalente, descomprometida, com um aspeto irreverente e personalidade aventureira, sendo uma oferta a considerar num segmento tão competitivo.

A Guerrilla 450 já está disponível por um preço impressionante, a partir de apenas 5.700 euros chave na mão, em três versões e cinco cores diferentes: Flash (Brava Blue e Yellow Ribbon), Dash (Playa Gold e Gold Dip) e Analogue (Smoke Silver).