Honda Integra 750 em test-drive

Depois de a experimentarem, e confrontados com a questão: numa escala de 1 a 10, em que 1 é “em absoluto uma scooter” e 10 é “em absoluto uma moto convencional”, como classifica/considera a Honda Integra, o resultado não deixa grandes dúvidas, com uma média de 7,16 pontos.

A estética da Integra parece “incomodar” a grande maioria das pessoas, talvez também pelo aspecto já abordado: scooter ou moto convencional.

Com algum espanto nosso, alguns dos “convivas” não conheciam esta moto. Na sua maioria não sabiam que moto vinham testar e foi interessante observar e avaliar as suas reacções relativamente aos dois aspectos já referidos. Ainda relativamente à estética, houve uma grande dispersão na classificação, mas obteve uma média significativamente positiva com 7,43 pontos “à primeira vista” e 7,86 pontos após o test-ride. 

Levámos a Honda Integra 750, num sábado, a uma praia com muita gente, estacionámos junto a outras motos e ficámos a observar. Poucos foram os que lhe ficaram indiferentes e foi, pela maioria, clinicamente observada. Não fizemos perguntas e por isso só arriscamos tirar duas conclusões da nossa inteira responsabilidade: uma é que o aspecto/estética da Integra não deixa as pessoas indiferentes, como aconteceu com os nossos “convivas”, a outra conclusão é que a Integra não é tão conhecida como nós imaginávamos, mesmo junto de motociclistas como aconteceu com algumas pessoas que a testaram.

Um outro aspecto distintivo da Honda Integra 750 é o facto de ter uma caixa que permite conduzi-la em dois “modos automáticos”, o “normal” (D), o “desportivo” (S) e duas patilhas que nos possibilitam “comandar a caixa à nossa maneira” (manual). 

O dito “normal” (D) obteve praticamente unanimidade. A moto fica muito “sem vida” e o motor “soa a choco”, isto é, não passou no “exame” de carácter qualitativo. Convém no entanto salientar que nos pareceu ser o “modo mais económico”. O modo “desportivo” (S) e o “manual” já é outra conversa. Não havendo unanimidade, e com algumas críticas à colocação das patilhas para as “mudanças manuais”, obteve uma média extremamente positiva neste item de 8,86 pontos em 10 possíveis. O modo “desportivo” (S) conseguiu uma pontuação, mais baixa, mas ainda assim, claramente positiva de 7,85 pontos.

Resultado da sua construção, levando-a a essa tal “ambiguidade” de moto que não é scooter ou vice-versa, o espaço de “bagageira” é exíguo, cabendo apenas um daqueles capacetes que só servem para “enfeitar” ou se preferirem para “dar a volta” à obrigatoriedade do uso de capacete. Um capacete digno desse nome é para esquecer. 

A Honda Integra tem um P.V.P. de 8.900 euros e um consumo registado por nós de 4,4 litros por 100 kms percorridos. Atinge “velocidades assinaláveis” e foi considerada pelo nosso painel de “convivas” uma moto segura, fiável, fácil de manobrar. Muito bom destaque para a “resposta dos travões” (8,14 pontos) e a suspensão com 7,57 pontos. 

Para além dos itens já referidos, “arrumação” de objectos e “bagageira” que foram fortemente negativos, os aspectos que menos agradaram, foi o posicionamento dos comandos, nomeadamente pisca e buzina, tendo acontecido praticamente a todos, buzinar quando queriam fazer pisca. Também não viram nela características “desportivas” e muito menos em modo “normal” (D). 

A Honda Integra é uma moto que se recomenda, obtendo uma média dos vários itens “da recomendação” de 7,06 pontos. O item que nesta área obtém o melhor valor (7,86 pontos) é: recomendada para utilização “no dia-a-dia em cidade/estrada/vias rápidas/auto-estrada/passseios e viagens”. Significa isto que a Honda Integra 750 foi considerada uma moto com características que conseguem um bom compromisso para diversas utilizações e tipo de trajectos. 

Quando pensar comprar ou mudar de moto e sobretudo se necessitar de polivalência e fiabilidade, coloque na sua lista de motos a experimentar a Honda Integra 750. Se não estiver nessa situação e se tiver oportunidade, não deixe de experimentá-la.

Veja as características técnicas e aproveite já para solicitar informações a um ou mais concessionários Honda através da funcionalidade que disponibilizamos: experimente fazendo aqui a sua consulta.

Até ao próximo convívio!

Nota: O método utilizado nos teste é, resumidamente, o seguinte: convidamos um grupo de pessoas, que designamos de “painel” ou “convivas”. Estas pessoas têm características diversas nos mais variados aspectos como idade, tipo de moto que conduzem habitualmente, utilização mais frequente, género, e outros aspectos que ajudam à diversidade de características e opiniões. 

Elaboramos um guião com os itens a analisar e sobre os quais esse painel se pronuncia, através de classificação numa escala de 1 a 10 e através de opiniões escritas. Também tem a componente oral, onde conversamos sobre a moto no geral e sobre vários aspectos em particular.