Teste Triumph Bonneville T120 - Veludo Inglês

A versão mais potente da Bonneville vem adicionar argumentos dinâmicos ao que já era um pacote muito especial...

andardemoto.pt @ 26-5-2017 13:09:49 - Texto: Paulo Araújo | Fotos: ToZé Canaveira

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Triumph Bonneville T120 | Moto | Classics

A estética da nova Triumph T120 Bonneville, nos seus traços gerais, estava definida à partida, inspirada no esquiço do imortal Edward Turner, que data de Julho de 1937, quase a cumprir 80 anos daqui a umas semanas.

Com o grosso do trabalho assim resolvido, os projectistas da moderna Triumph puderam dedicar-se ao detalhe....ede que maneira! Tudo desde as linhas graciosas do depósito à ligeira curva do banco foi repescado numa versão actualizada, moderna e no entanto, intemporal.

De tal modo, que não resistimos a fotografar a T120 junto a uma sua antecessora (ter uma em casa ajudou!). No caso, uma Tiger de 1969, cuja grande diferença para a "Bonnie" era a presença de um só carburador, em vez de dois.


Tiger de 1969 e uma sucessora dos nossos dias, a Bonneville T120

Tiger de 1969 e uma sucessora dos nossos dias, a Bonneville T120

Voltando à T120, no motor totalmente novo, que debita 80 cavalos às 6550 rpm, ainda se reconhece o "velho" bicilíndrico paralelo que ostentou pela primeira vez a designação Bonneville, em 1959, que então tinha uma cilindrada de apenas 650cc.

Dela ficam os resquícios (ainda que puramente cosméticos) do carburador Amal Monobloco e do filtro de ar panqueca, que agora escondem uma moderna injecção sequencial multiponto, que faz o motor de 1200cc ronronar como um gatinho, mas ser capaz de libertar um binário impressionante de 105 Nm.

Junte-se a isso uma caixa de velocidades suavíssima, e o que temos é veludo, neste aspecto em contraste total com a vibração e comportamento temperamental dos modelos "antigos".


O motor puxa com limpeza a partir dum tiquinho acima das 1500rpm, em sexta, e na faixa das 3.500-4.000 está no seu elemento, representando na mudança mais alta, um andamento na casa dos 140 Km/h.

Com tudo isso, os consumos ficam-se pelos 4,5 litros, sendo esse apenas um dos dados à nossa disposição no moderno mostrador LED multifunções que nos dá consumos, autonomia e modo de condução, (alternável entre chuva e normal), além das informações e avisos habituais.

Há ainda punhos aquecidos, controlo de tracção - (desligável) e ABS nas pinças Nissin que actuam sobre dois discos de 310 mm à frente e um só de 255 atrás- mais do que suficientes para este tipo de moto.


Continuando os paralelos estéticos, temos os escapes "peashooter" e a grande massa do motor, com as aletas do cilindro em negro, mais uma vez uma concessão à estética, visto que a actual unidade é refrigerada a líquido.

Um segredo bem guardado, já que apenas um discreto e estreito radiador situado entre os tubos dianteiros do quadro, revela a presença de refrigeração por líquido, que no entanto se torna óbvia uma vez em andamento, dado o desenpenho e a enorme suavidade da unidade. Essa é mesmo a palavra a reter: suavidade!


Suavidade na linearidade de operação do acelerador "ride-by- wire", ajudado pela decalagem da cambota a 270º.
Suavidade na actuação da embraiagem deslizante e do toque sedoso da caixa de seis velocidades.

E suavidade na inserção em curva, muito linear, graças também ao desempenho dos Pirelli Phantom que equipam a T120. Considerando que é uma moto algo grande, a sensação de leveza é notável.

A maneabilidade é previsível, sem sustos, requerendo uma boa impulsão no largo guiador para entrar em curva, mas mostrando uma estabilidade irrepreensível.

A natureza destes modelos puxa à personalização, e a Triumph não ficou indiferente a isso... para já, há duas linhas básicas: a T120, com acabamento mais clássico como os dois-tons da unidade de ensaio, e a T120 Black, com um ar mais "urbano" em que tudo é negro mate, excepçãp feita  ao selim acabado a castanho.

Depois, estão disponíveis vários pacotes de personalização com mais de 160 acessórios à disposição. O preço base de 12.400€ não é meigo, mas considerando a qualidade e natureza "premium" de toda a gama, diria que tampouco é assustador. Mas as sensações que esta moto dá, essas, não têm preço!

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andardemoto.pt @ 26-5-2017 13:09:49 - Texto: Paulo Araújo | Fotos: ToZé Canaveira


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